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Teclado híbrido é bom para brincar
RICARDO FELTRIN
FRANCISCO MADUREIRA
DA FOLHA ONLINE
Um brinquedo sem aspirações
profissionais. Assim pode ser definido o Prodikeys (R$ 698), um
híbrido de teclado de computador e teclado de sintetizador fabricado pela Creative (informações: brasil.creative.com).
O lado musical do teclado tem
apenas três oitavas, o que reduz as
possibilidades de diversão para
qualquer pianista e/ou compositor. Por outro lado, é sensível à
pressão do toque, o que confere
certa dinâmica às músicas e suporta acordes simples, apenas.
Já o lado PC do teclado teve sua
ergonomia sacrificada. O formato
beneficiou as teclas musicais.
A Creative tentou facilitar a instalação: em vez de usar cabos Midi (sigla em inglês que significa interface digital para instrumentos
musicais), que poderiam confundir o usuário menos experiente, a
conexão é feita na porta PS/2, como em um teclado comum de PC
em inglês (ele poderia estar adaptado para o Brasil).
O Prodikeys também vem com
um modelo simples de placa de
som. Só vale a pena instalá-la se
você tiver um PC com placa on-board, que costuma ter qualidade
inferior de timbres Midi. Se você
já tiver uma placa como a SoundBlaster Live! ou a Fortíssimo, seria
um retrocesso substituí-la.
Também dá para usar o teclado
da Creative para uma atividade
um pouco mais séria -sequenciamento de arquivos Midi: escrever a partitura da música no micro enquanto você a toca.
Softs como o Cakewalk (www.cakewalk.com), o Cubase (www.steinberg.net) ou o Sonar (www.cakewalk.com/sonar) dão conta
do recado. E as três oitavas do Prodikeys são suficientes, pois os
softs permitem transpor tons para chegar à tonalidade desejada.
Vale ressaltar que o Prodikeys funciona como um mero controlador Midi: ele não tem timbres próprios como um teclado comum, mas apenas comanda os
instrumentos gravados em um
chip na placa de som. Portanto, o
fator decisivo para a qualidade sonora será a placa instalada no PC.
Nem tudo está perdido para
quem acha que som de Midi é para teclado de criança. Com o recurso SoundFont, é possível substituir o timbre dos instrumentos
da placa de som por tomadas de
áudio realistas, gravadas a partir
de instrumentos reais.
Um botão de atalho no aparelho
leva ao site da Creative para fazer
downnload de arquivos. Quando
você selecionar o piano, por
exemplo, sua placa usará os timbres do arquivo baixado para reproduzir as teclas, e não mais seu
próprio banco de sons, o que significa um ganho de qualidade.
O teste foi feito em um Pentium
de 933 MHz, com 128 Mbytes de
RAM, e em um Athlon de 1 GHz,
com 512 Mbytes de RAM.
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