São Paulo, quarta-feira, 30 de maio de 2007

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Banda larga

Fibra óptica turbina o acesso rápido à rede

INFRA-ESTRUTURA - Material, que modernizou as telecomunicações, dá velocidade à internet e abre espaço para serviços

KÁTIA ARIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A fibra óptica, que modernizou a estrutura de telecomunicações do país na década de 1990, hoje é vista como a solução de acesso à internet mais veloz, que suporta o tráfego mais pesado. A estrutura já chega a residências, empresas e instituições de diversos países, como o Brasil.
Na semana passada, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) celebrou os 30 anos do início do desenvolvimento da primeira fibra óptica brasileira, projeto que começou em abril de 1977. Um evento comemorativo reuniu empresas, governo e acadêmicos da instituição
Pesquisadores brasileiros já trabalham virtualmente, em colaboração por meio de fibra óptica. A rede Kyatera, por exemplo, integra 27 laboratórios do Estado de São Paulo com velocidade de 1 Gbit por segundo (cerca de 1.000 Mbps).
Teste em SP
Em janeiro, a Telefônica iniciou testes com redes de fibra óptica que chegam a 4.000 domicílios do bairro dos Jardins, em São Paulo. A velocidade da internet alcança 39 Mbps (download).
Por enquanto, 15 clientes estão experimentando o serviço. "A fibra óptica não sofre perdas em longas distâncias, diferentemente do fio de cobre", explica Paulo Furukawa, diretor de rede de acesso da Telefônica.
Para se ter idéia, o serviço mais rápido oferecido atualmente pela Telefônica aos usuários residenciais chega a 8 Mbits por segundo e custa R$ 209 por mês.
A rede veloz permitirá ao cliente ter acesso a serviços como TV e voz pela internet, que estão sendo estudados pela empresa.
"Em Hong Kong, na China, a internet por fibra óptica permite ver TV pela internet", afirma o analista de telecomunicações da consultoria IDC, Alex Zago.
No Japão, a operadora NTT contabilizava, em março, 6 milhões de assinantes do seu serviço de banda larga por fibra óptica. A velocidade chega a 100 Mbps (para download e upload), por cerca de R$ 88 mensais. A operadora Verizon, nos Estados Unidos, oferece conexões que chegam a 30 Mbps para download, por US$ 199 mensais.
Mas, no cenário da internet ultraveloz, a rede não será usada apenas por pessoas. "Máquinas trocarão informações coletadas por sensores", afirma o professor Hugo Fragnito, da Unicamp.


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