São Paulo, quarta-feira, 30 de outubro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

HARDWARE

Leia teste exclusivo do eMac, que chega com monitor embutido e CPU de 700 MHz; função liga-desliga é dificultada

Novo Macintosh tem tela plana e chip lento

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao lançar a segunda geração do computador iMac, o presidente da Apple, Steve Jobs, disse que a empresa deixaria de fabricar micros com tubo de imagem (CRT), passando a vender apenas telas de cristal líquido (LCD). A promessa ainda não se concretizou: o eMac (www.apple.com/emac), que está chegando ao Brasil, traz embutido um monitor convencional.
Sua tela, que é plana e oferece boa qualidade de imagem, tem 17 polegadas, mas o eMac sai de fábrica regulado para usar apenas 14,7 polegadas. Com alguns ajustes, o usuário pode aumentar a área real para 15,7 polegadas.
Apesar dessa diferença, o monitor permite usar confortavelmente o sistema operacional Mac OS X (resolução de 1.024x768 pontos). Embora a máquina acabe de chegar ao mercado, não traz a versão 10.2 (Jaguar) do OS X: o usuário recebe o OS X 10.1.4 instalado. Para obter o Jaguar, o comprador tem de pagar uma taxa de R$ 23 e fazer a atualização manualmente. Ela é simples, mas demorada: leva mais de uma hora.
O eMac também pode ser inicializado pelo Mac OS 9, opção que a Apple pretende eliminar das máquinas lançadas em 2003.
O processador G4 de 700 MHz oferece desempenho adequado para tarefas corriqueiras (internet, e-mail e textos), mas decepciona em aplicações mais exigentes. A gravação de arquivos MP3, por exemplo, é lenta: o eMac testado levou quase 12 minutos para converter um CD de áudio com 777 Mbytes. Um PC com chip Pentium III de 450 MHz e Windows XP levou apenas 9min41s para completar a mesma tarefa.
Considerando o preço do eMac (R$ 6.995; www.apple.com.br), essa performance beira o inaceitável. Parte do problema está na memória RAM: o micro sai de fábrica com 128 Mbytes, mas a memória funciona a apenas 100 MHz, o que limita o desempenho do processador G4.
A Apple pretende lançar até o fim de novembro uma versão com chip de 800 MHz e gravador de DVDs (R$ 9.860), mas ela também usa memória de 100 MHz.
O gravador de CDs embutido no eMac é veloz: durante os testes, alcançou velocidade média de 14x na criação de discos musicais, acima dos 12x prometidos pela Apple. A placa de vídeo da máquina é uma GeForce2 MX (32 Mbytes). O modelo está obsoleto, mas oferece potência suficiente para quase todos os games 3D atuais.
O disco rígido tem 40 Gbytes, mas sua capacidade real é menor: depois de atualizar o sistema operacional para a versão 10.2, sobraram 33,9 Gbytes livres, espaço suficiente para armazenar pouco menos de três horas de vídeo.
A edição de vídeo, por sinal, é uma das principais qualidades do eMac: além de contar com duas portas Firewire, que permitem ligar filmadoras digitais, o micro traz o bom software iMovie. O disco rígido opera a apenas 5.400 RPM, mas o usuário consegue capturar vídeo sem problemas.
Quem pretende editar áudio vai aprovar a entrada analógica, que facilita a conexão de toca-discos e toca-fitas. Esse conector havia sido descartado pela Apple na segunda geração do iMac, mas foi reintroduzido no eMac.
O sistema OS X carece de um programa para gravar áudio, software de série no Windows. Para sanar essa limitação, visite a página www.apple.com/downloads/macosx/audio, que lista alguns softs de gravação.
Infelizmente, o eMac não traz botão liga-desliga frontal nem pode ser religado via teclado. Para ligar o computador, o usuário é forçado a alcançar o botão Power, de difícil acesso -fica na lateral do eMac, atrás dos conectores para periféricos. (BG)



Texto Anterior: Tecnologia: IBM cria circuito 250 mil vezes menor que os atuais
Próximo Texto: Caneta digital grava 40 páginas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.