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HARDWARE
Leia teste exclusivo do eMac, que chega com monitor embutido e CPU de 700 MHz; função liga-desliga é dificultada
Novo Macintosh tem tela plana e chip lento
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao lançar a segunda geração do
computador iMac, o presidente
da Apple, Steve Jobs, disse que a
empresa deixaria de fabricar micros com tubo de imagem (CRT),
passando a vender apenas telas de
cristal líquido (LCD). A promessa
ainda não se concretizou: o eMac
(www.apple.com/emac), que está
chegando ao Brasil, traz embutido um monitor convencional.
Sua tela, que é plana e oferece
boa qualidade de imagem, tem 17
polegadas, mas o eMac sai de fábrica regulado para usar apenas
14,7 polegadas. Com alguns ajustes, o usuário pode aumentar a
área real para 15,7 polegadas.
Apesar dessa diferença, o monitor permite usar confortavelmente o sistema operacional Mac OS
X (resolução de 1.024x768 pontos). Embora a máquina acabe de
chegar ao mercado, não traz a
versão 10.2 (Jaguar) do OS X: o
usuário recebe o OS X 10.1.4 instalado. Para obter o Jaguar, o comprador tem de pagar uma taxa de
R$ 23 e fazer a atualização manualmente. Ela é simples, mas demorada: leva mais de uma hora.
O eMac também pode ser inicializado pelo Mac OS 9, opção
que a Apple pretende eliminar
das máquinas lançadas em 2003.
O processador G4 de 700 MHz
oferece desempenho adequado
para tarefas corriqueiras (internet, e-mail e textos), mas decepciona em aplicações mais exigentes. A gravação de arquivos MP3,
por exemplo, é lenta: o eMac testado levou quase 12 minutos para
converter um CD de áudio com
777 Mbytes. Um PC com chip
Pentium III de 450 MHz e Windows XP levou apenas 9min41s
para completar a mesma tarefa.
Considerando o preço do eMac
(R$ 6.995; www.apple.com.br),
essa performance beira o inaceitável. Parte do problema está na
memória RAM: o micro sai de fábrica com 128 Mbytes, mas a memória funciona a apenas 100
MHz, o que limita o desempenho
do processador G4.
A Apple pretende lançar até o
fim de novembro uma versão
com chip de 800 MHz e gravador
de DVDs (R$ 9.860), mas ela também usa memória de 100 MHz.
O gravador de CDs embutido
no eMac é veloz: durante os testes,
alcançou velocidade média de 14x
na criação de discos musicais, acima dos 12x prometidos pela Apple. A placa de vídeo da máquina
é uma GeForce2 MX (32 Mbytes).
O modelo está obsoleto, mas oferece potência suficiente para quase todos os games 3D atuais.
O disco rígido tem 40 Gbytes,
mas sua capacidade real é menor:
depois de atualizar o sistema operacional para a versão 10.2, sobraram 33,9 Gbytes livres, espaço suficiente para armazenar pouco
menos de três horas de vídeo.
A edição de vídeo, por sinal, é
uma das principais qualidades do
eMac: além de contar com duas
portas Firewire, que permitem ligar filmadoras digitais, o micro
traz o bom software iMovie. O
disco rígido opera a apenas 5.400
RPM, mas o usuário consegue
capturar vídeo sem problemas.
Quem pretende editar áudio vai
aprovar a entrada analógica, que
facilita a conexão de toca-discos e
toca-fitas. Esse conector havia sido descartado pela Apple na segunda geração do iMac, mas foi reintroduzido no eMac.
O sistema OS X carece de um
programa para gravar áudio, software de série no Windows. Para
sanar essa limitação, visite a página www.apple.com/downloads/macosx/audio, que lista alguns
softs de gravação.
Infelizmente, o eMac não traz
botão liga-desliga frontal nem pode ser religado via teclado. Para ligar o computador, o usuário é
forçado a alcançar o botão Power,
de difícil acesso -fica na lateral
do eMac, atrás dos conectores para periféricos.
(BG)
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