São Paulo, quarta-feira, 31 de janeiro de 2001

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DIVERSÃO

Publicados em sites ou distribuídos por e-mail, fanzines virtuais são alternativa para quem quer ler na Internet

E-zines divulgam idéias independentes

Vania Delpolo/Folha Imagem
Alexandre Inagaki, que escreveu para diversos fanzines da rede


DA REPORTAGEM LOCAL

A Internet está coalhada de publicações sem vínculos publicitários e feitas por pessoas que não querem nada além de dar vazão às suas idéias: os e-zines.
Versões eletrônicas dos fanzines (periódicos alternativos sobre cultura e comportamento distribuídos de mão em mão), eles vêm ganhando espaço na rede, que possibilita publicá-los sem que haja gastos com papel e tinta.
Já a divulgação é basicamente a mesma dos tempos desplugados: no boca-a-boca. E, às vezes, pode ser um trabalho agradável, como conta o gaúcho André Czarnobai, 21, criador do e-zine Cardosonline (www.cardosonline.com.br), ou COL: "A propaganda é essencialmente no boca-a-boca. E também há festas que organizamos justamente com esse objetivo. Em dois anos de COL, já foram 12 delas."
E as festas deram certo. Hoje, o Cardosonline conta com mais de 3.600 assinantes, que recebem a publicação via e-mail.
São duas edições por semana e oito colunistas para cuidar do conteúdo. Para receber os exemplares virtuais, é preciso cadastrar seu e-mail no site do COL.
Outro e-zine distribuído via e-mail é o 700 km (http:// 700km.cjb.net). Com uma equipe formada por cinco colunistas, a publicação chega à caixa de entrada dos seus cerca de 1.500 assinantes uma vez por semana.
"Você expõe suas idéias, opiniões, "egotrips" e viagens mundo afora e ganha em troca repercussão quase imediata dos textos que escreve. Esse negócio vicia", diz Alexandre Inagaki, 27, um dos colunistas do 700 km.
Como é comum entre fanzineiros, ele também participa de outras publicações: edita o Spam Zine (www.spamzine.cjb.net), que é distribuído por e-mail, e faz uma coluna para o Enloucrescendo (http://enloucrescendo.vila.bol.com.br), que é publicado na rede.
Mais parecido com um site convencional, mas sem deixar de lado a linguagem descontraída dos fanzines é o www.screamyell.hpg.com.br. Ele começou no papel, em 1998, e foi para a rede no ano passado. "Queríamos falar do que a gente gosta de uma maneira que não estávamos encontrando nos textos que líamos", afirma Marcelo Costa, 30, um dos editores da publicação.
Outros e-zines com conteúdo bastante variado estão nos endereços www.cucaracha.com.br, www.revista2k.com.br e www.euteamozine.f2s.com. Já em www.falae.com.br, você encontra textos tirados de vários e-zines do país.
(ALEXANDRE VERSIGNASSI)


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