São Paulo, quarta-feira, 31 de maio de 2006 |
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PC barato sairá do papel, diz executivo DA REPORTAGEM LOCAL
Fazer processadores cada
vez mais rápidos já não é a
principal missão das fabricantes de chips. Elas precisam levar em conta o aquecimento das máquinas, a chegada do novo Windows e
também investir em projetos
de inclusão digital. Durante
visita ao Brasil, o principal
dirigente da AMD, Hector
Ruiz, falou sobre esses assuntos e disse que acredita
no sucesso do projeto do laptop de US$ 100. Sua empresa
é a principal rival da Intel,
mas está longe de ameaçar a
líder. A AMD tem cerca de
15% de participação de mercado, contra 80% da Intel.
(JULIANO BARRETO)
PARCERIA - Por ora, apenas a linha de servidores da Dell, a maior vendedora de PCs do mundo, poderá ser equipada com os chips AMD. Perguntado sobre uma possível expansão dessa parceria para a linha de computadores domésticos da Dell, Ruiz disse não ter nada concreto, mas demonstrou otimismo. "Estamos esperançosos, mas, de qualquer forma, ter se tornado sócio da maior fabricante do mundo representa a validação da nossa estratégia." MOBILIDADE - A computação móvel, segundo Ruiz, é o próximo alvo da empresa. "Os laptops não têm qualquer diferença em relação aos desktops, a não ser o tamanho. Acreditamos que o acesso à internet sem fio precisa melhorar muito, precisa estar disponível em qualquer lugar. Hoje ainda é preciso ir até um local específico para se conectar. É possível segmentar o tipo de acesso móvel à rede, como é feito com os telefones celulares. Há pessoas que precisam de mais velocidade do que outras, e os preços e serviços devem ser diferentes." MICRO POPULAR - A AMD está envolvida no projeto do laptop de US$ 100 e em iniciativas como o PC pré-pago. Ruiz, que visitou o presidente Lula para falar sobre inclusão digital, disse que acredita no sucesso do micro popular e que "produzir peças baratas é a parte mais fácil do projeto". "Há todo um ambiente de produção envolvido. Os serviços de acesso à internet e o financiamento são tão importantes quanto os gastos na produção." CONCORRÊNCIA - "Nosso crescimento fez bem para a Intel.
Fez com que criasse produtos melhores e adiantasse
lançamentos." Ruiz comentou a expansão da rival para
áreas como a dos portáteis.
"A Intel está estagnada. Não
tem como crescer só vendendo processadores."
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