|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PROFUNDEZAS DA REDE
Tecnologias para filtrar dados são aperfeiçoadas para encontrar mais conteúdo em menos tempo
Aumento de acervos melhora pesquisas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Simplesmente dispor de um índice com bilhões de páginas para
a realização de buscas não garante
a exibição de resultados mais pertinentes para os usuários.
Para os especialistas ouvidos
pela Folha, o fator determinante
para buscas mais precisas são os
mecanismos que dividem e classificam os dados de acordo com as
palavras pesquisadas.
Mesmo assim, o aumento do
acervo de páginas indexadas começa a ser usado como uma arma
para chamar a atenção e aumenta
a potência dos buscadores.
Neste mês, o Yahoo!
(br.search.yahoo) anunciou que
seu buscador é capaz de pesquisar
em cerca de 19,2 bilhões de páginas, 1,6 bilhão de imagens e 50 milhões de arquivos de áudio e de vídeo. O índice é maior que o dos
concorrentes MSN (search.msn.com.br), com 5 bilhões de
páginas, e Google, com cerca de 8
bilhões de sites.
Na opinião do gerente de produtos do MSN Brasil, Guilherme
Pita, um buscador não precisaria
de um índice com mais do que 2
bilhões de páginas para oferecer
resultados satisfatórios para a
maioria dos usuários. "Qualquer
coisa maior do que isso é útil, mas
para um número de pessoas cada
vez menor", diz Pita, que participou do desenvolvimento do novo
buscador MSN, lançado no Brasil
na última semana.
A eficiência do novo índice do
Yahoo!, entretanto, não é tão fácil
de ser quantificada. Pesquisadores da Universidade de Illinois e
do National Center for Supercomputing Applications (NCSA),
nos EUA, fizeram buscas com 10
mil termos aleatórios e concluíram que o serviço do Yahoo!
apresentou apenas 37% dos resultados que o Google mostrou nas
mesmas condições.
Segundo o estudo (vburton.ncsa.uiuc.edu/indexsize.html), o
Google retornou, em média, 202
resultados para cada termo pesquisado, enquanto o Yahoo! retornou apenas 132.
Dias depois, os métodos usados
para a obtenção desses resultados
foram contestados, e a NCSA disse que irá refazer as pesquisas.
Para o diretor de buscas do Yahoo!, Carlos Augusto Araújo, cada índice de buscas tem uma estrutura diferente, e "isso invalida
qualquer medição baseada em
amostragens".
De acordo com a porta-voz do
Google, Debbie Frost, "ainda não
existe uma forma de verificar uma
melhora substancial no índice do
Yahoo! analisando suas buscas".
Frost também afirmou que a
empresa trabalha em projetos como o Google Print, que visa aumentar sua base de informações
com a adição de conteúdo publicado em livros e revistas.
Futuro
Além do aumento dos índices e
da criação de novos critérios de
seleção para os resultados, as empresas de internet buscam novas
soluções para melhorar seus serviços de pesquisa.
Na semana passada, a cidade de
Salvador recebeu a edição anual
da conferência do Special Interest
Group on Information Retrieval
(www.sigir.org/sigir2005).
O evento contou com a participação de especialistas das principais empresas do ramo de buscas
e discutiu novas técnicas para melhorar os serviços on-line.
Pesquisadores da Microsoft da
Ásia exibiram o conceito de ranking de afinidades para classificar
páginas de resultados de acordo
com a variedade e a riqueza de informações de cada site.
Já o engenheiro especial do
Google, Amit Singhal, fez uma
apresentação sobre "os desafios
de manter um site de buscas comercial".
(JB)
Texto Anterior: Músicas e vídeos Próximo Texto: Comandos especiais delimitam busca Índice
|