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MERCADO
Empresa exige uso do soft Internet Explorer em visitas a seu portal, mas volta atrás depois de receber críticas
Microsoft impede acesso de navegador de empresa rival
DA REPORTAGEM LOCAL
Para acompanhar o lançamento do Windows XP, a Microsoft
decidiu incrementar a aparência
de seu portal MSN (www.msn.com), que reúne notícias e serviços on-line. Mas, ao fazê-lo, tomou uma medida polêmica: alegando questões de compatibilidade, a empresa passou a barrar internautas que utilizam navegadores concorrentes do Internet Explorer, como o Opera (www.opera.com) e o Mozilla (www.mozilla.org).
Ao tentar visitar o MSN, os
usuários desses programas eram
saudados com uma mensagem
recomendando a instalação do
Internet Explorer e não conseguiam acessar o conteúdo do portal. Depois de receber queixas, a
empresa decidiu liberar o uso de
outros navegadores, mas sua atitude pode ter consequências legais: para a associação ProComp
(www.procompetition.org), que
reúne empresas como Netscape,
Oracle e Sun, o caso deve ser avaliado pela Justiça dos EUA.
Em uma carta enviada aos procuradores estaduais de Washington e de Iowa, que estão acusando
judicialmente a Microsoft de
constituir monopólio, a ProComp diz que o caso do portal
MSN é "mais uma prática anticompetitiva" da empresa de Bill
Gates e afirma que a solução requer um castigo "muito mais forte" do que o determinado pelo
juiz norte-americano Thomas
Jackson, que ordenou a divisão da
Microsoft em duas.
A ProComp também chamou a
atenção dos procuradores para irregularidades no Windows XP,
cuja integração de recursos considera ilegal. De toda forma, a Microsoft tem obtido vitórias em sua
disputa judicial com o governo
norte-americano: nos últimos
meses, a empresa conseguiu que o
juiz Jackson fosse afastado do caso e praticamente se livrou do risco de divisão forçada.
No Brasil, o jornalista Francisco
Oliveira entrou na Justiça contra a
Microsoft para exigir uma cópia
do Office XP que não precise ser
ativada (registrada na empresa).
A Microsoft não se manifestou até
o fechamento desta edição.
Tentando pegar carona no lançamento do Windows XP, uma
empresa americana apresentou
na semana passada uma nova
versão do sistema operacional Linux, que deverá trazer um diferencial inédito: compatibilidade
com programas do Windows.
Assim, os usuários do
LindowsOS (www.lindows.com),
cujo lançamento está prometido
para novembro, poderão instalar
softwares a que estão acostumados, como editores de texto ou foto para Windows. O novo sistema
deverá custar US$ 100, mas poderá ser instalado em quantos micros o comprador desejar, o que
pode atrair o interesse de empresas com muitos PCs.
(BG)
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