São Paulo, quarta-feira, 31 de outubro de 2001

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MERCADO

Empresa exige uso do soft Internet Explorer em visitas a seu portal, mas volta atrás depois de receber críticas

Microsoft impede acesso de navegador de empresa rival

DA REPORTAGEM LOCAL

Para acompanhar o lançamento do Windows XP, a Microsoft decidiu incrementar a aparência de seu portal MSN (www.msn.com), que reúne notícias e serviços on-line. Mas, ao fazê-lo, tomou uma medida polêmica: alegando questões de compatibilidade, a empresa passou a barrar internautas que utilizam navegadores concorrentes do Internet Explorer, como o Opera (www.opera.com) e o Mozilla (www.mozilla.org).
Ao tentar visitar o MSN, os usuários desses programas eram saudados com uma mensagem recomendando a instalação do Internet Explorer e não conseguiam acessar o conteúdo do portal. Depois de receber queixas, a empresa decidiu liberar o uso de outros navegadores, mas sua atitude pode ter consequências legais: para a associação ProComp (www.procompetition.org), que reúne empresas como Netscape, Oracle e Sun, o caso deve ser avaliado pela Justiça dos EUA.
Em uma carta enviada aos procuradores estaduais de Washington e de Iowa, que estão acusando judicialmente a Microsoft de constituir monopólio, a ProComp diz que o caso do portal MSN é "mais uma prática anticompetitiva" da empresa de Bill Gates e afirma que a solução requer um castigo "muito mais forte" do que o determinado pelo juiz norte-americano Thomas Jackson, que ordenou a divisão da Microsoft em duas.
A ProComp também chamou a atenção dos procuradores para irregularidades no Windows XP, cuja integração de recursos considera ilegal. De toda forma, a Microsoft tem obtido vitórias em sua disputa judicial com o governo norte-americano: nos últimos meses, a empresa conseguiu que o juiz Jackson fosse afastado do caso e praticamente se livrou do risco de divisão forçada.
No Brasil, o jornalista Francisco Oliveira entrou na Justiça contra a Microsoft para exigir uma cópia do Office XP que não precise ser ativada (registrada na empresa). A Microsoft não se manifestou até o fechamento desta edição.
Tentando pegar carona no lançamento do Windows XP, uma empresa americana apresentou na semana passada uma nova versão do sistema operacional Linux, que deverá trazer um diferencial inédito: compatibilidade com programas do Windows.
Assim, os usuários do LindowsOS (www.lindows.com), cujo lançamento está prometido para novembro, poderão instalar softwares a que estão acostumados, como editores de texto ou foto para Windows. O novo sistema deverá custar US$ 100, mas poderá ser instalado em quantos micros o comprador desejar, o que pode atrair o interesse de empresas com muitos PCs. (BG)


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