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Renda de imóvel pode ser dor de cabeça
da Redação
O brasileiro tende a encarar o
imóvel como um ativo real capaz
de garantir uma renda complementar para a aposentadoria. Com
o dinheiro recebido pelo aluguel
de um ou mais apartamentos ou
casas, ele conseguiria manter o padrão de vida do período em que estava na ativa. Há quem tenha feito
isso e não se queixe da sorte. Mas,
hoje, é preciso fazer algumas considerações antes de seguir as pegadas de outras gerações.
Primeiro, os imóveis são uma
opção conservadora de investimento, tendo em vista que nem
sempre oferecem uma rentabilidade próxima à das aplicações financeiras (leia texto nesta página). Segundo, depreciam-se. O preço do
metro quadrado de um apartamento em São Paulo caiu 25%, em
dólar, nos últimos nove anos.
Se alugar o imóvel, além dos riscos inerentes ao negócio, tais como inadimplência e custos de manutenção, o proprietário ainda
convive com outro problema: o valor recebido do inquilino pode
perder feio para a inflação. Como
os aluguéis têm impacto forte na
composição do índice de inflação,
ficam na mira do governo.
Renda extra
Para calcular o valor do aluguel,
o mercado considera um percentual de 0,80% sobre o preço do
imóvel. Um apartamento avaliado
em R$ 50 mil renderia um aluguel
de R$ 400 ao mês. Aplicando muito menos que os R$ 50 mil no mercado financeiro, o investidor garantirá a mesma renda.
Se a taxa de juro ao ano estiver
em 42%, uma aplicação de R$
13.765 num fundo DI renderia os
R$ 400 ao mês; com uma taxa de
20% ao ano, o investimento teria
de ser de R$ 18.465, ou de R$
34.841, para um cenário de 15% de
taxa de juro anual.
Acompanhe, na tabela acima,
outros exemplos. Os cálculos, líquidos de Imposto de Renda, não
corrigem pela inflação o saldo do
principal. Ou seja, ao longo do
tempo, o montante depositado
perderia valor. Se você quiser garantir o valor real do principal, é
preciso fazer aportes, de acordo
com os índices de inflação.
A UAM (Unibanco Asset Management), que preparou o estudo,
diz que, se o investidor usar uma
taxa conservadora, de 15% ao ano,
o valor do principal se preservará.
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