São Paulo, segunda-feira, 22 de janeiro de 2001

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Moeda americana só como proteção

Cleo Velleda/Folha Imagem
Marcelo da Luz viaja todos os anos, mas não procura os fundos cambiais como proteção


DA REPORTAGEM LOCAL

Os analistas só recomendam aplicações atreladas ao dólar como "hedge" (proteção) para quem tem dívida na moeda americana ou para quem está pensando em viajar para o exterior. Se o dólar valorizar, você acaba compensando o aumento da dívida com os ganhos da aplicação.
O aeronauta Alexandre de Freitas Aveiro, de São Paulo, viaja todos os anos a passeio para o exterior. Ele prefere comprar aos poucos os cheques de viagem em dólar. Diz que nunca pensou na opção de investir em fundos cambiais. Prefere a segurança dos cheques de viagem. "Há uma certa estabilidade do dólar", justifica.
O único investimento que Aveiro tem é um fundo de ações, recomendado pelo gerente da agência onde mantém a conta corrente. "Acompanho uma vez ou outra."
No ano passado, os fundos cambiais estiveram entre os mais rentáveis, graças à alta do dólar nos últimos dois meses. Mas houve quem perdesse dinheiro.
O economista mineiro Marcelo Pinto da Luz, 32, decidiu entrar pela primeira vez em um fundo cambial em setembro do ano passado. Como a rentabilidade começou a cair, ele saiu logo em seguida. "Perdi um pouco de dinheiro," admite. Mas nem por isso ele se arrepende. "Apenas entrei no momento errado." Ele diz que vai repetir a experiência.
Marcelo Luz não ficou traumatizado com a experiência porque fez o que os especialistas sempre recomendam: reservar para os investimentos de maior risco uma pequena parte do capital. Assim, se alguma coisa der errado, você poderá cobrir a perda com outros ganhos.
O economista colocou no fundo cambial apenas 1% do capital. "Foi só para experimentar."


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