|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Pesquisador inglês defende que a Internet é a besta que destruirá o capitalismo
A revolução banal
Associated Press
|
Visitantes usam cibercapacetes que permitem assisitir a filmes feitos em computador, durante feita de tecnologia em Hannover (Alemanha) |
ROGÉRIO PACHECO JORDÃO
especial para a Folha, de Londres
Depois de terem vencido a
Guerra Fria, os americanos estão
agora, sem saber, promovendo
globalmente o comunismo por
meio do ciberespaço. A revolução
nas tecnologias de comunicação
vai levar o desenvolvimento das
forças produtivas a tal ponto que
o modo de produção capitalista
será superado. Na prática diária
de milhões de pessoas que usam a
Internet está a semente de uma
nova forma de economia em que
a troca -em um primeiro momento, basicamente, a de informação- não será mais mediada
por regras do mercado. A informação não é mercadoria ou
"commoditty" -e tentar "cercá-la" na Internet é não apenas infrutífero, mas também contrário à
própria lógica da rede. Se essa dinâmica vale para a rede, ela também valerá para os múltiplos desenvolvimentos que virão a partir
da interação de novas mídias. O
capitalismo gerou em seu ventre a
besta que irá consumi-lo.
Ao mesmo tempo há uma nova
tecnocracia da Web (de "World
Wide Web", a rede mundial de
computadores) que se imagina
como uma elite modernizadora
que detém a chave para o futuro.
Assim como os revolucionários
comunistas russos e gerações de
revolucionários no século 20 se
imaginavam liderando as massas
para a redenção, há aqueles que
hoje vêem na Web a realização do
comércio perfeito. São os cibercomunistas, que se apropriaram da
retórica vanguardista de Lênin
-mas no sentido inverso: o fim
da historia está no mercado. Nesse sentido, a nova Moscou é a Califórnia do Vale do Silício.
O professor inglês Richard Barbrook, 43, resume essas idéias em
um longo ensaio recentemente
lançado na Internet, cujo título já
é em si uma provocação: "Cibercomunismo: Como os Americanos Estão Superando o Capitalismo no Ciberespaço".
Um dos fundadores e coordenadores do Hypermedia Research Centre da Universidade de
Westminster, em Londres, Barbrook diz que o objetivo do ensaio era este mesmo: provocar.
"Há coisas mais complexas acontecendo na Internet e não é a apoteose do mercado, como afirmam
os ideólogos neoliberais." Ele é
autor de "Media Freedom - The
Contradictions of Communications in the Age of Modernity"
("Liberdade da Mídia - As Contradições das Comunicações na
Era da Modernidade", Ed. Pluto,
Londres).
Barbrook rotula de "ideologia
californiana" o corpo de idéias
que vê na Web a apoteose do mercado. "Ideologia Californiana" é
também o título de outro polêmico ensaio publicado por ele há
quatro anos. Crítico dessa visão,
Barbrook aponta suas armas contra a revista "Wired" -a "bíblia"
das novas tecnologias e novos negócios na Internet.
Em artigo saído na Internet, o
editor da "Wired", Louis Rossetto, rebateu Barbrook e seus colegas, dizendo que suas idéias revelam uma "ligação atávica com o
estadismo" ("statism") e que ignoram que a rede se desenvolveu
como fruto do capitalismo, da liberdade de comércio e da livre expansão dos mercados de capital.
Para Barbrook, isso se chama
ideologia: "Ou, se quisermos adotar a retórica stalinista, consciência distorcida da realidade". Nesta
entrevista à Folha, feita em Londres, o professor expõe suas idéias
sobre a revolução nas tecnologias
de comunicação e explica por que
acredita que a Internet favorece a
livre e gratuita circulação de informações.
"A Web não surgiu do comércio; os capitalistas foram os últimos a entrar nela"
|
Folha - O sr. argumenta em
seu ensaio que a revolução nas
tecnologias de comunicação está levando a uma superação do
capitalismo. O sr. também rotula a prática diária de milhões de
pessoas na Web como cibercomunismo. Em que sentido isso
estaria ocorrendo?
Richard Barbrook - Escrevi o
texto, em parte, porque acho necessário inverter a propaganda
sobre a Web que está sendo feita
por pessoas apenas preocupadas
em lançar ações em Wall Street e
também por ideólogos da chamada ideologia californiana, sintetizada na revista "Wired". A outra
idéia era falar sobre a "gift economy" (por meio da qual a informação não tem valor de mercado,
mas é um "presente"), que na minha opinião é o aspecto central da
Internet -e não o livre mercado.
O ensaio é também uma provocação, porque americanos odeiam
ser chamados de comunistas.
Folha - Mas em que sentido os
americanos estariam promovendo o cibercomunismo?
Barbrook - É interessante observar como os neoliberais se
apropriaram do discurso comunista, e aqui me refiro mais exatamente ao discurso stalinista. Uma
das inspirações para o meu texto
foi um artigo publicado pela "Wired", em que o autor, John Katz,
dizia que uma das razões para os
EUA estarem atingindo a sociedade utópica é que os americanos
têm mais "laptops", mais conexões de Internet. Eu li aquilo e
pensei: mas isso é o que Stálin dizia quando falava que se estava
atingindo o comunismo porque a
produção de tratores na União
Soviética estava aumentando.
Neoliberais estão usando o argumento stalinista de que o que importa é o acúmulo de tecnologia.
Folha - Mas o que seria essa
utopia americana?
Barbrook- O mercado perfeito,
a sociedade perfeita, o ser humano transcendendo sua própria natureza e se tornando imortal. O
que eu argumento é que o centro
da Internet não é o mercado e a
comercialização de informações,
mas, pelo contrário, a circulação
livre de informação.
Folha - Segundo levantamento recente, 83% das páginas da
Web estão ligadas a finalidades
comerciais. Não é exatamente o
contrário do que o sr. afirma?
Barbrook- Esse tipo de dado
não é confiável. Como se mede
uma coisa dessas na Internet? Essas estatísticas mentem. O mais
popular programa de buscas
atualmente é o MP3 (leia a respeito na pág. 5-7). É claro que há os
catálogos para compras on line, e
muitas companhias usam a Web
para esse fim. Mas, do meu ponto
de vista, não é isso o que interessa.
O importante é analisar o uso que
a maioria das pessoas faz da Internet. Não digo que os americanos
estão abolindo o capitalismo. Uso
a terminologia hegeliana de superação, que envolve dialética. Existe a crença de que se está criando
na Internet o mais livre de todos
os mercados. Creio que é verdade
que se estão criando oportunidades comerciais para as pessoas.
Eu trabalho em um centro de pesquisas no qual os estudantes são
treinados para trabalhar nesse
mercado, inclusive. Há muitos
novos produtos e softwares sendo
desenvolvidos. Mas dizer que
agora é possível fazer supermercado sem sair de casa é apenas dizer o óbvio.
Folha - O que não seria óbvio?
Barbrook - O que não se fala, e o
que eu acho interessante, é o que a
maioria das pessoas faz a maior
parte do tempo na Web. Essa
maioria passa e-mails, faz sites,
forma comunidades. Em um site
você não está apenas distribuindo
informação, é preciso fazer com
que as pessoas participem. O ponto é que essas atividades, por outro lado, se relacionam na Internet de uma maneira dialética com
o lado comercial.
Folha - E qual é a importância
disso?
Barbrook - Não é a apoteose do
livre mercado, como pregam os
propagadores da "ideologia californiana". A maior parte da informação que circula na Web não está sendo vendida ou comprada.
Até a Microsoft dá coisas de graça,
como o Explorer, por exemplo. A
fantasia neoliberal -que remonta ao início dos anos 70, quando se
previa um mercado gigante por
meio do qual todos seriam pequenos negociantes de informação-
não aconteceu. Na verdade está
ocorrendo o contrário: aqueles
que tentam criar informação como "commodities" (algo que tem
valor de compra e venda) estão
sendo forçados a uma maior
abertura. Apenas uns poucos serviços, como o de pornografia e informação financeira, podem adotar a visão neoliberal do comércio
da informação. Setores nos quais
a informação é tratada como
"commodity", como a indústria
da música, estão tendo problemas
por causa dessa "descomodificação".
Folha - O sr. se refere ao MP3?
Barbrook - O MP3 é apenas um
exemplo. Veja o caso do texto, por
exemplo. Quando morei na França, comprava todo dia o jornal
"Libération". Depois desisti, porque não tinha mais tempo de lê-lo
junto com o "The Guardian". Hoje leio o "Libération" on line. O
que quero dizer é que há uma
grande quantidade de informação gratuita à disposição, eu não
preciso pagar por ela. Mas é interessante observar como se dá a hibridação desses dois lados da
Web: o do gratuito e do comercial. Aqueles que conseguiram
uma fórmula híbrida tiveram lucros, os que não conseguiram
perderam muito dinheiro.
Folha - O sr. dá a entender que
o desenvolvimento das novas
tecnologias de informação chegou a um grau em que não será
mais possível "cercar" a Web,
transformar o que circula ali em
mercadoria. Essa é a tendência?
Barbrook - Não há nada inerente à lógica da tecnologia que diga
que seu desenvolvimento levará
ao mercado. A Web não foi construída a partir do comércio. Ela
começou ancorada no setor público, foi construída pelo Estado a
partir de projetos de defesa (a rede começou a nascer em 1969, a
partir de um projeto desenvolvido por agências do Departamento
de Defesa Americano), e, depois,
nas idéias da cultura do "faça você
mesmo". O comércio chegou por
último. A indústria da música,
por exemplo, deveria ter se ligado
nisso há cinco anos -e talvez
agora seja tarde demais.
"O copyright está sendo minado por todos os lados, depois da Internet"
|
Folha - Tarde demais por quê?
Barbrook - Três anos atrás, nós
fizemos o site da banda Jamiroquai. Tivemos reuniões com a
Sony e foi muito interessante,
porque, se bem que naquela época eles já tivessem percebido que a
Web estava chegando, por outro
lado eles resolveram simplesmente ignorar o fato. Tinham medo de
perder o copyright sobre o software. O medo deles era o que virou o MP3. E, agora, por ter se desenvolvido como um padrão que
permite o acesso a todos, é muito
mais difícil criar uma versão com
copyright.
Folha - E qual o resultado prático disso?
Barbrook - Muitos músicos
agora vão direto para o MP3, sem
passar por gravadoras. A maioria
dos músicos gasta muito dinheiro
distribuindo gravações num esforço desesperado para que alguém ouça o que estão fazendo.
Pelo MP3, o custo é quase zero.
Folha - Do ponto de vista de
uma gravadora, o MP3 significa
que eu posso colocar, por exemplo, um CD do David Bowie na
Web para que outros possam
copiá-lo, em vez de comprar o
mesmo CD na loja, certo?
Barbrook - Essa é uma versão.
Eles estão preocupados com isso,
porque David Bowie é um artista
que assinou um contrato com
eles, que transfere para a gravadora os direitos de distribuição e reprodução. Mas o perigo para a indústria da música é que os novos
David Bowies nem se interessem
em passar por ela.
Folha - O sr. acha possível, para usar um termo seu, "cercar" a
Web de modo que novos David
Bowies tenham de pagar para
veicular suas músicas?
Barbrook - Obviamente é isso
que eles estão tentando fazer. Essa
é a briga toda. Mas eu acho que a
indústria da música começou
muito tarde.
Folha - O sr. coordena um laboratório que pesquisa hipermídia. O processo que descreveu
para a indústria fonográfica
ocorre também em outros
meios?
Barbrook - Acho que a maior
parte da produção de informação
está transformada por esse processo. Um dos ideais da Revolução Francesa era o de que todo cidadão tinha o direito de publicar.
Espera-se de você, como cidadão,
que contribua com seus pensamentos, com suas opiniões.
Quando veio a produção em escala, tornou-se necessária a intermediação de um processo industrial para que isso pudesse acontecer. Nesse sentido, essa contribuição foi cercada pela lógica do
mercado. A transmissão ("broadcasting") é baseada na idéia central de que você tem um transmissor e uma quantidade enorme de
receptores. Mas a Internet altera
essa lógica: todo receptor é também um transmissor. Daqui a dez
anos vai parecer completamente
absurdo ter um aparelho de TV
em casa pelo qual você não pode
transmitir nada, apenas receber.
Folha - Como o sr. imaginaria
esses aparelhos?
Barbrook - Se você quiser fazer
um vídeo e transmiti-lo para sua
família e amigos, por que não o fazer? A mídia real já está mostrando essas possibilidades. Quando
se chega a esse nível, torna-se extremamente difícil colocar barreiras à distribuição gratuita de informação. E veja: a maioria das
pessoas, na maior parte do tempo, não está interessada em vender nem comprar informação.
Não se trata para elas de uma atividade comercial.
Folha - O que o sr. chama de
cibercomunismo não é então a
abolição do capitalismo?
Barbrook - Não. Eu estou dizendo que, em alguns setores da mídia, o que vai prevalecer será a
produção amadora. Veja, por
exemplo, no cinema, "A Bruxa de
Blair", filme feito a partir do vídeo. Ou o projeto Dogma (série
de filmes produzidos por cineastas dinamarqueses), em que não
há iluminação artificial e os atores
não usam maquiagem. O que é isso senão a estética do "faça você
mesmo"? Essa estética pode ser
percebida em filmes, músicas,
textos. Ao mesmo tempo, isso está produzindo uma economia
mista, a hibridação de que já falei.
Folha - O sr. fala também de
uma nova tecnocracia da Web
composta por capitalistas, cientistas, hackers geniais, estrelas
da mídia e ideólogos neoliberais. O que esses grupos têm em
comum? O que o sr. quer dizer
com "nova tecnocracia"?
Barbrook - Esse é um conceito
do século 19, mas que vem da Revolução Francesa, da idéia jacobina de uma elite modernizadora.
Na Europa ocidental, vem de
Saint-Simon -sobre como fazer
a transição de uma Europa católica e camponesa para o futuro. O
núcleo disso é a idéia de que uma
elite modernizadora é necessária.
É nesse sentido que a retórica dos
neoliberais nos EUA se parece
com a stalinista. Eles me acusam
de comunista, mas são eles que
usam a retórica de que a elite modernizadora vai liberar as massas.
Folha - Mas essa não é uma
discussão restrita aos EUA e à
Europa, onde estão 78% dos
130 milhões de usuários da Web
no mundo?
Barbrook - Se você mora em
uma favela no Rio ou São Paulo,
provavelmente essa não vai ser
uma das suas prioridades. Você
está preocupado em ter saneamento adequado, ter uma educação, acesso à saúde. Uma vez vi
uma entrevista com o Lula (Luiz
Inácio Lula da Silva, presidente de
honra do PT) em que ele era acusado de querer fazer o comunismo no Brasil, e ele respondia que
não, que na verdade queria implantar o fordismo. Isso me parece bastante óbvio para o caso brasileiro. Mas também é verdade
que as pessoas estão usando a
Web no Terceiro Mundo. Se você
olhar a China, por exemplo, a
Web tem sido muito usada para
contornar a censura e também
para negócios. Mas é bom ter em
mente que, mesmo nos setores
mais avançados, a Web não é ainda uma mídia de massa. Talvez na
Finlândia, mas não nos EUA, nem
na Inglaterra.
Folha - Voltando à questão do
copyright. Não há empresas na
Web que colocam como condição para ter uma página a concessão dos direitos autorais?
Barbrook - A Geocities está tentando fazer isso. Ela é um servidor
gigante, em que você coloca material de graça. Eles estão reivindicando copyright sobre esse material. Mas há uma diferença entre o
que a lei diz e o que acontece na
prática. Eles não estão conseguindo aplicar isso. É como impor o limite de velocidade em uma estrada ou impedir o uso de drogas. Há
centenas de coisas que não são legais, mas que as pessoas fazem. O
copyright está sendo minado por
todos os lados.
Folha - O sr. poderia resumir o
que entende por ideologia californiana?
Barbrook - Ela está ligada sobretudo à "Wired". Desde os anos
70, nos Estados Unidos, vem se
desenvolvendo esse liberalismo
high-tech que diz que o significado inerente à tecnologia é o mercado. É um tipo de versão neoliberal do Marshall McLuhan. Então, o que eu chamo de ideologia
californiana é a junção dessa visão
do mercado com a contracultura
dos anos 60, que veio da Califórnia e valoriza o "faça você mesmo" -que é perfeito para a Web.
A "Wired", com seu design gráfico alternativo, difundiu a mensagem política clara de que a rede
era a apoteose do livre mercado.
Folha - Quem o sr. acha que
tem mais chances de se dar bem
na sociedade de informação: um
garoto de 14 anos que só mexe
na Internet ou outro, que só
gosta de ler livros?
Barbrook - E eles não podem fazer ambas as coisas? Nós vivemos
em uma época em que provavelmente nunca se consumiu tantos
livros. Voltando à questão da
ideologia californiana, há uma
idéia de que o mundo do texto e
do livro está sendo superado pelo
mundo da televisão. Eu tenho alguns alunos que são disléxicos e
têm dificuldades para ler. Na verdade, eles têm muitas dificuldades para tudo, inclusive para ver
TV e usar a rede. E por quê? Porque o texto está em todo lugar. Na
TV, nos e-mails...
Folha - Recentemente foram
colocados na Web os nomes e
endereços de vários agentes secretos do MI6, a agência de inteligência britânica. O escândalo
Clinton-Lewinsky começou com
informações na rede. Como a revolução nas tecnologias de comunicação está mudando o conceito de informação?
Barbrook - Acho que isso nos
leva de volta à questão do garoto
de 14 anos. Eu venho dessa cultura do "faça você mesmo", dos
anos 70, na Inglaterra. Acho que a
Web está impulsionando isso. É
uma cultura de participação e um
processo diferente daquele em
que você recebe passivamente informação produzida por outros.
Na Inglaterra, serviços públicos
como a BBC ou mesmo organizações comerciais estão desesperadas, tentando fazer as pessoas
participarem.
Nas comunidades de rede, se as
pessoas não participarem, eles
não vão ter "business". É uma coisa híbrida. Não é como a TV, em
que eu ligo o aparelho e desligo o
meu cérebro. A Internet é uma experiência completamente diferente.
Folha - O que o sr. acha que
um historiador no ano de 2200
vai dizer quando olhar para trás
e analisar este final de milênio?
Barbrook - Acho que ele vai ter
dificuldade em entender que nós
usávamos dinheiro. O mesmo tipo de dificuldade que temos em
imaginar hoje em dia como eram
as relações feudais de suserania e
vassalagem.
O que eu acho interessante é
que esta utopia da "economia da
doação" (gift economy) não é algo apocalíptico, dramático, com
pessoas agitando bandeiras nas
ruas -uma visão corrente da
transição para uma sociedade
utópica. Do meu ponto de vista, é
algo banal e mundano e que está
sendo feito a partir da prática cotidiana das pessoas.
Rogerio Pacheco Jordão é jornalista e mestrando em política comparada na London School of Economics and Political Science.
Texto Anterior: Brasil 500 d.c. - José Murilo de Carvalho: O encobrimento do Brasil Próximo Texto: Manifesto cibercomunista Índice
|