São Paulo, Domingo, 03 de Outubro de 1999
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Manifesto cibercomunista

da Redação

Leia a seguir trechos do ensaio "Cibercomunismo: Como os Americanos Estão Superando o Capitalismo no Ciberespaço", de Richard Barbrook. O texto integral em inglês pode ser consultado no endereço eletrônico: http://www.nettime.org/nettime.w3archive/199909/msg00046.html
RICHARD BARBROOK

Um espectro assombra a Internet: o espectro do comunismo. Refletindo a extravagância da nova mídia, esse espectro assume duas formas distintas: a apropriação teórica do comunismo stalinista e a prática cotidiana do cibercomunismo. Sejam quais forem suas posições políticas professas, todos os usuários da Internet participam com entusiasmo desse "revival" esquerdista. Quer seja na teoria ou na prática, cada um deles anseia pela transcendência digital do capitalismo.
Ao mesmo tempo, porém, nem mesmo o mais convicto esquerdista pode continuar acreditando realmente no comunismo. Depois da queda do Muro de Berlim e da implosão da União Soviética, a ideologia comunista ficou totalmente desacreditada. As promessas de emancipação social se transformaram nos horrores do totalitarismo. Os sonhos de modernidade industrial levaram à estagnação econômica. Longe de representar o futuro, o comunismo hoje é visto como relíquia do passado.
Mais do que qualquer outra coisa, a União Soviética foi incapaz de liderar a revolução da informação. As estruturas políticas e econômicas do comunismo stalinista eram inflexíveis e fechadas demais para permitir o surgimento de um novo paradigma tecnológico. Como poderia o partido totalitarista permitir que todos produzissem mídia sem sua fiscalização? Como poderia o órgão de planejamento central tolerar que produtores formassem redes em colaboração, sem autorização sua? Para que a Internet pudesse surgir, era preciso uma sociedade muito mais aberta e espontânea.
Instigados pelo potencial libertário da convergência digital futura e maior, os defensores de quase todas as ideologias radicais vêm atualizando suas posições. Mesmo assim, não se vê nenhuma versão nova da corrente antes dominante do comunismo stalinista entre as ciberfeministas, os guerrilheiros da comunicação, os tecnonômades e os anarquistas digitais de plantão. Mesmo seus acólitos anteriores reconhecem que a União Soviética apresentava os mesmos erros do fordismo: autoritarismo, conformismo e degradação ambiental (Hall e Jacques, 1989).
Os ideólogos do neoliberalismo norte-americano aproveitaram essa oportunidade para reivindicar o futuro em seu nome. Há quase 30 anos eles vêm prevendo que as novas tecnologias iriam gerar uma civilização utópica: a sociedade da informação. O casal Toffler, por exemplo, se convenceu há muito tempo de que a convergência da informática, das telecomunicações e da mídia iria libertar os indivíduos tanto das garras das grandes empresas quanto do governo onipresente (Toffler, 1980). Do mesmo modo, Ithiel de Sola Pool previu que a televisão interativa permitiria que todo o mundo fizesse sua própria mídia e participasse dos processos decisórios políticos (De Sola Pool, 1983).
Apesar de sua retórica radical, o interesse maior desses eruditos conservadores era provar que as tecnologias da informação obrigariam à privatização e à desregulamentação de toda atividade econômica. Seu futuro pós-fordista era um retorno ao passado liberal. Quando a Internet se popularizou, esse fundamentalismo de livre mercado não demorou a ser adaptado para adequar-se à nova realidade. Numa instância que se tornou célebre, a revista "Wired" argumentou que o chamado "novo paradigma" da concorrência não regulamentada entre ciberempreendedores está ampliando a liberdade individual e encorajando a inovação técnica nos EUA (Barbrook e Cameron, 1996). À medida que a Internet se estende pelo mundo, os valores materiais e espirituais do neoliberalismo americano vão acabar por se impor a toda a humanidade. Na explicação de Louis Rossetto, o editor fundador da "Wired":
"Este novo mundo (da Internet) se caracteriza pela presença de uma nova economia global que é inerentemente anti-hierárquica e descentralista, que desrespeita as fronteiras nacionais e o controle exercido por políticos e burocratas... e por uma consciência global, interligada em rede... que está transformando... a política eleitoral falida... num beco sem saída" (Hudson, 1996: 30).



"A ideologia desenvolvida na Califórnia se apropria do legado teórico stalinista"

Os literatos digitais
O narcisismo da ideologia californiana reflete a autoconfiança de uma nação vitoriosa. Com a Guerra Fria vencida, os EUA deixaram de ter rivais militares ou ideológicos sérios. Mesmo seus rivais econômicos na União Européia e no Leste asiático já foram superados. Segundo a maioria dos comentaristas, o renascimento da hegemonia americana se fundamenta na posição de liderança que o país ocupa nas novas tecnologias da informação. Nenhum país tem condições de rivalizar com as "armas inteligentes" das Forças Armadas americanas. Poucas empresas podem competir com as "máquinas inteligentes" usadas pelas grandes empresas americanas. Os EUA dominam, sobretudo, a vanguarda da inovação tecnológica: a Internet. Concretizando o sonho americano, alguns poucos de muita sorte fazem fortunas enormes, oferecendo as ações de suas empresas de alta tecnologia em Wall Street (Greenwald, 1998). Muitos outros, fascinados pelo potencial lucrativo do comércio eletrônico, usam suas economias para especular nas ofertas públicas de ações de empresas que atuam na nova mídia (...).
Apesar de toda a riqueza que vem sendo gerada pelas inovações tecnológicas, o abismo entre ricos e pobres continua a crescer nos EUA (Elliott, 1999). Contrastando com as formas européias e asiáticas de capitalismo, o neoliberalismo americano consegue combinar progresso econômico com imobilidade social. Desde a Revolução Francesa de 1789, os conservadores estão à procura da união de opostos que é o modernismo reacionário (Herf, 1984). Embora necessárias à sobrevivência do capitalismo, as implicações sociais do crescimento econômico sempre assustaram a direita política. A longo prazo, a industrialização contínua vai enfraquecendo os privilégios de classe. À medida que sua renda cresce, as pessoas comuns conseguem influir cada vez mais sobre as preocupações políticas e as atitudes culturais da sociedade. Como resultado, gerações sucessivas de conservadores vêm enfrentando o dilema de como reconciliar expansão econômica com estase social. Apesar de suas divergências ideológicas, todos propõem a mesma solução: a formação de uma aristocracia da alta tecnologia (Nietzsche, 1961; Ortega y Gasset, 1932).
As primeiras versões dessa fantasia reacionária enfatizavam a divisão hierárquica do trabalho, sob o fordismo. Ao mesmo tempo em que o sistema industrial destruiu muitos tipos de trabalho especializado, criou novos "especialismos". Dentro do fordismo, engenheiros, burocratas, professores e outros profissionais formavam uma camada intermediária entre a direção das empresas e o chão da fábrica (Elger, 1979). Diferentemente da maioria dos funcionários, esse setor da classe trabalhadora tinha renda alta e conseguia escapar da subordinação à linha de montagem. Temerosos de perder seus privilégios restritos, alguns profissionais se tornaram defensores acirrados do modernismo reacionário. Em lugar de lutar pela igualdade social, sonhavam em fundar uma nova aristocracia -a tecnocracia (...).
Durante os anos em que o fordismo chegou ao auge, a nova classe dominante estava sendo formada, supostamente, pelos administradores e outros profissionais de grandes empresas e departamentos governamentais (Burnham, 1945). Mas, quando a economia entrou em crise, no início da década de 70, os intelectuais de direita foram obrigados a procurar apoio em outros setores da camada intermediária.
Inspirados por Marshall McLuhan, não demoraram a descobrir as pessoas, em número cada vez maior, que estavam desenvolvendo novas tecnologias da informação (McLuhan, 1964). Há quase três décadas os gurus conservadores vêm prevendo que a nova classe dominante será composta de capitalistas de investimentos, cientistas inovadores, hackers, gênios, astros da mídia e ideólogos neoliberais -os "digerati" ou literatos digitais (Bell, 1973, Toffler, 1980 e Kelly, 1994).
Buscando popularizar suas previsões, eles sempre afirmam que todo profissional de alta tecnologia tem a oportunidade de integrar-se a essa nova aristocracia. Dentro das indústrias convergentes, trabalhadores qualificados são essenciais para o desenvolvimento de produtos originais, tais como programas de software e criação de sites. Como acontece com muitos de seus pares, a maioria dos artesãos digitais convive com a insegurança do trabalho por contrato. Ao mesmo tempo, porém, são mais bem pagos e têm mais autonomia em seu trabalho. Como no passado, essa posição social ambígua pode encorajar a ingenuidade e credulidade em relação ao modernismo reacionário. Perseguindo o sonho americano, muitos trabalhadores de alta tecnologia nutrem a esperança de ganhar milhões, fundando sua empresa própria. Em lugar de identificar-se com seus colegas trabalhadores, anseiam por penetrar nas fileiras dos literatos digitais, a nova tecnocracia da Internet (Kroker e Weinstein, 1994).
À diferença do que acontecia com as formas anteriores de conservadorismo, esse desejo de dominação sobre outros já deixou de ser expresso abertamente na ideologia californiana. Em lugar disso, seus gurus afirmam que o domínio dos "digerati" vai beneficiar a todos -pois eles são os inventores de máquinas sofisticadas e os aperfeiçoadores dos métodos de produção. São os pioneiros que lançam os serviços de alta tecnologia que, com o passar do tempo, passarão a ser desfrutados por toda a população. Com o tempo, vão transformar as restrições do fordismo nas liberdades da sociedade da informação. As conciliações e os acordos da democracia representativa serão substituídos pela participação pessoal no interior da "Câmara Municipal eletrônica". Os limites impostos à criatividade pessoal pela mídia existente serão superados por formas interativas de expressão estética. Até mesmo os limites físicos do corpo serão transcendidos no ciberespaço. Na ideologia californiana, a autocracia de poucos, a curto prazo, é necessária para que se possa alcançar a libertação de muitos a longo prazo (Toffler, 1980, Kelly, 1994, Hudson, 1996 e Dyson, 1997).
"Não mais "os que têm" e "os que não têm", mas "os que têm agora" e "os que terão mais tarde" (Rossetto, 1996) (...).

Stálin no Vale do Silício
(...) A queda da União Soviética não pôs fim à influência teórica exercida pelo comunismo stalinista sobre os intelectuais americanos de direita. Pelo contrário -a missão global dos Estados Unidos fora confirmada pela vitória americana sobre sua rival totalitária. Segundo um apologista do neoliberalismo americano, este é hoje a realização do "fim da história" hegeliano. As guerras e os conflitos vão continuar existindo, mas já não existe nenhuma forma alternativa de sistema socioeconômico (Fukuyama, 1992).
Para os proponentes da ideologia californiana, essa premissa narcisista é comprovada pelo domínio americano sobre o que existe de mais avançado na modernidade econômica: a Internet. Se outros países também quiserem ingressar na era da informação, terão que imitar o sistema social peculiar aos EUA. Como seus antecedentes na Guerra Fria, essa celebração contemporânea do neoliberalismo americano se apropria de muitas das premissas teóricas do stalinismo.
Mais uma vez, a minoria esclarecida lidera as massas ignorantes no caminho a uma civilização utópica. Qualquer sofrimento causado pela introdução das tecnologias da informação se justificaria pela promessa de libertação futura (Hudson, 1996:33). Ecoando o tirano russo, os literatos digitais chegam a ponto de medir o progresso feito no caminho para a utopia pela quantidade de artefatos modernos que as pessoas possuem: computadores em casa, bips, telefones celulares e laptops (Katz, 1997: 71-72). Embora a União Soviética tenha desaparecido há tempo, os proponentes da ideologia californiana continuam a apropriar-se do legado teórico do comunismo stalinista, como pode ser constatado pelas seguintes correlações:
Partido de vanguarda/literatos digitais
Plano quinquenal/o "novo paradigma"
Garoto conhece trator/nerd conhece Internet
Terceira Internacional/Terceira Onda
Moscou/Vale do Silício
"Pravda"/"Wired"
linha partidária/pensamento único
democracia soviética/"Câmaras Municipais eletrônicas"
Sociedade-fábrica/sociedade-colméia
Novo homem soviético/pós-humanos
Quebra das regras stakhanovistas/profissionais temporários, sobrecarregados de trabalho
Expurgos/"downsizing" (demissões em massa)
Nacionalismo russo/chauvinismo californiano (....).

A estrada para o comunismo
(...) Em épocas anteriores, a abolição do capitalismo era imaginada em termos apocalípticos: levantes revolucionários, mobilizações de massa e ditaduras modernizadoras. Contrastando com essas idéias, o cibercomunismo que existe hoje é uma experiência cotidiana nos EUA, algo que não tem nada fora do comum. Os usuários da Internet adotam espontaneamente maneiras mais prazerosas e eficientes de trabalhar em conjunto. Em lugar de destruir a economia de mercado, os americanos empreenderam o processo lento de superação do capitalismo (Hegel, 1873: 141-142; Marx, 1961: 98-114).
Nesse movimento dialético, neoliberais adeptos da alta tecnologia aperfeiçoam as relações de produção existentes, desenvolvendo o comércio eletrônico -o trabalho enquanto produto comercializável. Reagindo contra esse encerramento do ciberespaço, ativistas de esquerda destroem a propriedade sob forma de informação na comunidade on line -o desperdício como presente. Para os nostálgicos da certeza ideológica, essas visões contraditórias da Internet são irreconciliáveis.
No entanto, é preciso que ocorra a síntese desses opostos dialéticos, por razões pragmáticas. Os usuários da Internet frequentemente se beneficiam mais do trabalho em conjunto com a circulação de presentes do que fariam se tomassem parte no comércio eletrônico. Vivendo numa sociedade próspera, muitos americanos já não se sentem motivados unicamente por recompensas monetárias (...).
O processo dialético de superação do capitalismo é marcado pelas sínteses em evolução da doação e do produto comercializável na Internet. Durante essa transição, não se pode tomar como pressuposto nem a revelação, ou abertura, nem o encerramento do trabalho coletivo. Quando não é encontrado o híbrido correto dos dois, os indivíduos que trabalham num projeto coletivo podem partir rapidamente para destinos mais agradáveis no ciberespaço.
Às vezes eles buscam recompensas monetárias. Em muitas ocasiões, preferem a liberdade do trabalho autônomo. Dependendo das circunstâncias, ambos os desejos precisam ser parcialmente satisfeitos, num misto bem-sucedido de doação e produto comercializável. Nos últimos 200 anos, os vínculos estreitos de parentesco e amizade ao mesmo tempo inibiram e fundamentaram os relacionamentos impessoais necessários para o crescimento econômico acelerado. O moderno sempre coexistiu com o tradicional. Hoje, na era da Internet, a troca de produtos comercializáveis está sendo tanto intensificada quanto impedida pela circulação de presentes. O moderno é obrigado a fundir-se em síntese com o hipermoderno.
Os gurus da ideologia californiana destacam a sobrevivência da hierarquia social dentro dessas relações produtivas híbridas na Internet. Ciberempreendedores bem-sucedidos iniciam suas carreiras doando gratuitamente seus produtos mais desejáveis. Se sua marca for largamente adotada, eles esperam ganhar dinheiro fornecendo serviços e produtos de suporte a seus usuários. Alguns poucos literatos digitais de sorte podem se tornar muito ricos, vendendo ações a especuladores de Wall Street (Cusumano e Yoffie, 1998; Leonard, 1999).
No entanto, mesmo nessa síntese conservadora de presentes e produtos comercializáveis, o direito autoral já deixou de ser a condição prévia da produção de informações. Hoje, cada consumidor é conquistado com artigos promocionais. Incapazes de resistir às possibilidades técnicas da convergência digital, alguns ideólogos neoliberais aceitam o desaparecimento do direito autoral, que se dará com o tempo (Barlow, 1994). Como o plágio não vai demorar a surgir por toda parte, os ciberempreendedores terão que adotar outras maneiras de tornar a Internet comercializável: serviços em tempo real, publicidade e merchandising on line. A aristocracia de alta tecnologia só pode proteger seus privilégios se continuamente oferecer presentes às massas (...).


BIBLIOGRAFIA
1. Hall, S. and Jacques, M. (eds.) "New Times: The Changing Face of Politics in the 1990s". London: Lawrence & Wishart, 1989.
2. Toffler, A. "The Third Wave". London: Pan, 1980.
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23. Leonard, A. "The Really New Economy: Red Hat's IPO". "Salon".
24. Barlow, J.P. "The Economy of Ideas: A Framework for Rethinking Patents of Copyrights in the Digital Age". "Wired", nº 3, págs. 84-90, 126-129, www.eff.org/pub/intellectual-property

Tradução de Clara Allain.


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