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Deficiências nutricionais dividem especialistas
DA REDAÇÃO
Em tempos em que comer
carne pode ser considerado
politicamente incorreto,
cientistas que questionam a
demonização da proteína animal podem passar por dificuldade. Foi o caso do finlandês
Uffe Ravnskov, cujo "The
Cholesterol Myths" (Os Mitos do Colesterol) foi queimado em um programa de TV de
seu país.
Ele argumentava que não
há comprovação válida da relação entre níveis de colesterol no sangue e problemas
cardíacos, chegando a apresentar estatísticas que comprovam a longevidade dos comedores de gordura.
A controvérsia também é
viva entre especialistas. Analisando os riscos para quem
não come carne de nenhum
tipo, a professora titular de
nutrição da Faculdade de
Saúde Pública da USP Sophia
Szarfarc, que estuda a deficiência de ferro, rebate: "Deficiência de ferro existe, mas
nas populações de baixa renda do Brasil, que não podem
comprar carne e derivados de
leite". Para os vegetarianos,
diz Szarfarc, as deficiências
de ferro, cálcio ou vitamina
B12 se evitam com suplementos e alimentos enriquecidos.
Já a nutricionista Mônica
Inez Elias Jorge, também da
USP, não vê relação entre o
modo como os animais são
criados e abatidos e conseqüências negativas para a carne: "Não conheço pesquisas
sérias que tratem disso. O
stress tem conseqüências
apenas na rigidez da carne".
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