São Paulo, domingo, 03 de dezembro de 2006

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Deficiências nutricionais dividem especialistas

DA REDAÇÃO

Em tempos em que comer carne pode ser considerado politicamente incorreto, cientistas que questionam a demonização da proteína animal podem passar por dificuldade. Foi o caso do finlandês Uffe Ravnskov, cujo "The Cholesterol Myths" (Os Mitos do Colesterol) foi queimado em um programa de TV de seu país.
Ele argumentava que não há comprovação válida da relação entre níveis de colesterol no sangue e problemas cardíacos, chegando a apresentar estatísticas que comprovam a longevidade dos comedores de gordura.
A controvérsia também é viva entre especialistas. Analisando os riscos para quem não come carne de nenhum tipo, a professora titular de nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP Sophia Szarfarc, que estuda a deficiência de ferro, rebate: "Deficiência de ferro existe, mas nas populações de baixa renda do Brasil, que não podem comprar carne e derivados de leite". Para os vegetarianos, diz Szarfarc, as deficiências de ferro, cálcio ou vitamina B12 se evitam com suplementos e alimentos enriquecidos.
Já a nutricionista Mônica Inez Elias Jorge, também da USP, não vê relação entre o modo como os animais são criados e abatidos e conseqüências negativas para a carne: "Não conheço pesquisas sérias que tratem disso. O stress tem conseqüências apenas na rigidez da carne".


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