São Paulo, Domingo, 04 de Julho de 1999 |
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CRONOLOGIA 9.fev.1900 - Nasce Otto Karpfen, em Viena (Áustria), filho de Max Karpfen, advogado, pianista e violonista, e Gisela Schmelz Karpfen. 1921 - Um ano depois de iniciar a Faculdade de Direito, a pedido do pai, Carpeaux desiste do curso. Estuda física, química e matemática, além de filosofia e letras, na Universidade de Viena. 1925 - Obtém seu doutoramento em ciências naturais. Começa a trabalhar como jornalista. 1930 - Casa-se com Helena Silberherz. 1932 - Converte-se ao catolicismo. Passa a assinar Otto Maria Karpfen ou Otto Maria Fidelis. 1938 - Ocorre a anexação da Áustria pela Alemanha nazista. Para escapar às iras do hitlerismo, ele foge para a Bélgica. Publica o livro "Dos Habsburgs a Hitler", uma descrição da invasão da Áustria pelos alemães. 1939 - Muda-se para o Brasil com a mulher. Não se sabe por que escolheu o país. O filólogo Antônio Houaiss arriscou uma suposição: "Era um humanista, e sentiu que aqui teria muito a oferecer aos seus semelhantes". 1940 - Começa a escrever no "Correio da Manhã". Sua crítica feroz lhe valeu acusações de "fascista", por parte da esquerda, e de "esquerdista", por parte da direita. Utiliza o pseudônimo francês Carpeaux, mais ao gosto brasileiro da época. 1942 - Aceita convite para ser diretor da Biblioteca da Faculdade Nacional de Filosofia. Lança seu primeiro livro no Brasil: "A Cinza do Purgatório". No ano seguinte, publicará "Origens e Fins". 1944 - Naturaliza-se brasileiro. Começa a redigir a "História da Literatura Ocidental". Torna-se diretor da Biblioteca da Fundação Getúlio Vargas, onde permanece até 1949. 1945 - Termina a redação da "História da Literatura Alemã". 1959 - Lança "Uma Nova História da Música", em que resume as expressões musicais da Europa ocidental e oriental e Américas. 1964 - Publica "A Literatura Alemã". 1967 - É acusado de "subverter a ordem pública" com a publicação do artigo "FMI - Fome e Miséria Internacionais". O governo militar o convoca para depoimento na Polícia Federal. Por causa do artigo, será preso para interrogatório em 1969 e solto algumas horas depois. Em 1972, obtém do procurador da 1ª Auditoria da Marinha parecer favorável à prescrição da ação penal por crime contra a segurança nacional. 3.fev.1978 - Morre no Rio de Janeiro, vítima de infarto, complicações renais e pneumonia. Os últimos desejos de Carpeaux são cumpridos: enterro simples, sem cruzes, nem anúncios fúnebres. Apenas 30 pessoas comparecem ao sepultamento. Texto Anterior: José Lino Grünewald: O método da fúria e da clareza Próximo Texto: Otto Maria Carpeaux: O bárbaro barbado Índice |
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