São Paulo, domingo, 06 de janeiro de 2002

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Professor de história da arte na Escola de Comunicações e Artes da USP, autor de "Um Jeca nas Vernissages" (Edusp) e ex-curador-chefe do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Tadeu Chiarelli acaba de coordenar exposição de auto-retratos de 21 artistas brasileiros no Itaú Cultural. Na entrevista a seguir, ele comenta a condição atual das artes plásticas no Brasil e fala de seus projetos profissionais para este ano.

O eixo Rio-SP continua a monopolizar o circuito da arte no país?
Embora São Paulo continue sendo o maior foco de consumo/divulgação de arte, hoje em dia os pólos de produção definitivamente não são mais apenas São Paulo e Rio. Impossível pensar a arte brasileira sem levar em conta o que se faz em Porto Alegre, Recife e outros centros.

Os atuais padrões de produção e circulação das obras levam a um declínio do artista público?
No Brasil as artes "eruditas" nunca alcançaram uma efetiva dimensão pública, devido a questões culturais difíceis de serem discutidas aqui. De qualquer modo, creio ser no mínimo problemático transferir para o campo da arte brasileira atual o conceito de "declínio" do artista público, uma vez que nunca houve um verdadeiro "apogeu".

Quais são seus projetos para 2002?
Além de lançar meus livros sobre Nelson Leirner e sobre o acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, ministrarei um curso de pós-graduação no departamento de artes plásticas da Escola de Comunicações e Artes da USP, justamente sobre aquele museu, que deverá ser a base de meus estudos visando à livre-docência.


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