São Paulo, domingo, 08 de maio de 2005

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OS 10 MESTRES DA FICÇÃO CIENTÍFICA

Júlio Verne (1828-1905) - Com livros traduzidos em 148 idiomas (o autor mais traduzido da história, segundo a Unesco), foi um dos primeiros autores a perceber o fascínio lúdico que a ciência e a tecnologia despertavam em seus contemporâneos. O processo científico e a Revolução Industrial tornavam plausíveis qualquer ambição humana, do transporte metroviário à comunicação eletrônica, do submarino atômico à viagem à Lua, todos antevistos por ele. Leia ao lado entrevista com Bruce Sterling sobre Verne.

H.G. Wells (1866-1946) - Influenciados por Verne, seus "romances científicos" inauguraram o gênero em língua inglesa, como "A Guerra dos Mundos" e "A Máquina do Tempo" (ambos pela ed. Nova Alexandria). Em "A Ilha do Dr. Moreau", Wells prenuncia os riscos da engenharia genética.

Arthur C. Clarke (1917) - Um dos principais nomes da "era dourada" (anos 40 e 50) da ficção científica, é conhecido por suas visões práticas e humanistas do futuro. Seu nome sempre será associado ao clássico "2001 - Uma Odisséia no Espaço" (1968), de Kubrick.

Isaac Asimov (1920-1992) - Outro luminar da "era dourada", Asimov trata do império espacial Fundação (em uma série de livros) e sobre robótica, como no romance "Eu, Robô" (Ediouro), em que estabelece as três leis da robótica.

Ray Bradbury (1920) - O autor de "Farenheit 451" (Globo) também dedicou parte de sua vida literária a livros de baixo custo e rápida leitura, produzindo para a TV (para o programa "Além da Imaginação") e para Hollywood.

Stanislaw Lem (1921) - escritor polonês mais publicado no mundo, seu principal romance é "Solaris" (Relume-Dumará) -adaptado por Tarkóvski, em 1972, e Sodenbergh, em 2002-, que lida com problemas de comunicação entre homens, máquinas e extraterrestres como metáforas para os problemas políticos do mundo atual.

Philip K. Dick (1928-1982) - Principal nome da segunda geração de grandes escritores de ficção científica dos EUA. Esquizofrênico e viciado em anfetaminas, Dick trata de temas densos, místicos e filosóficos, como a natureza do ser e da realidade, em livros que deram origem a filmes, como "Blade Runner" (1982).

J.G. Ballard (1930) - Integrante da cena "New Wave" britânica, não está interessado apenas em novas tecnologias mas em como elas afetam as pessoas. É autor de "Crash", de 1973 (filmado por David Cronenberg em 1996), que entrelaça relações sexuais e acidentes de trânsito. A Cia. das Letras está lançando aqui "Terroristas do Milênio".

William Gibson (1948) - Enquanto Bruce Sterling articulava diferentes autores que tratavam de um novo tipo de futuro (distópico, opressor, "dark") em coletâneas, debates e fanzines, seu comparsa William Gibson produzia o livro definitivo sobre o nascimento da era do computador. "Neuromancer" (Aleph), de 1984, não apenas dava ao novo gênero de ficção científica (o "ciberpunk") sua obra-prima como inaugurava uma bibliografia capaz de referir-se a novas abordagens da tecnologia com estilo e crédito de rua.

Neal Stephenson (1959) - O excesso de informações no dia-a-dia, diferentes complexidades de períodos históricos isolados e as revoluções político-econômicas por segundo do nascer do século 21 são o recheio da obra deste autor norte-americano, cujo tempero é um humor bizarro e crítico, mas levado às últimas conseqüências, em livros como "Snow Crash" (1992) e "The Diamond Age" (1995).

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