São Paulo, Domingo, 16 de Janeiro de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

JOSÉ SIMÃO

Portugal 4000! Viraram duas vezes!

Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! Corre na Internet o lançamento do sabão em pó do Pedro Bial: Etera. Porque homo é coisa de viado. Rarará! E diz que o Manuel Bandeira toda vez que subia pra Petrópolis ficava encantado com o nome de uma pousada: Península Rodrigues. Aí um dia ele parou e perguntou pro português o porquê do nome. "Porque península é um nome lindo e Rodrigues é o meu nome". Básico! E eu não disse que Portugal adiou o réveillon? Por uma falha técnica os fogos não explodiram no Porto. Aí eles adiaram o réveillon pro dia 8. O Fantástico mostrou eles comemorando. Viraram duas vezes. Já tão no ano 4000. Rarará. E um outro me disse que, se em vez do Brasil ser colonizado pelos portugueses fosse colonizado pelos holandeses, hoje em vez de a gente estar levando fumo a gente estaria QUEIMANDO um fumo! E sabe como os portugueses descobriram o pau-brasil? Levantando a tanga do índio!
E restaurante anda tão caro que o garçom apresenta a conta de luva e meia de náilon na cabeça! E como uma amiga minha definiu a culinária moderna: o picadinho de hoje é o bife de ontem e o pastel de amanhã. E culinária moderna é assim: manga no prato quente e abobrinha de sobremesa. Pior aquele amigo que foi comer no requintadíssimo Guy Davoy de Paris e aí chegou no hotel e vomitou. E eu gritava: Vomita no tupperware! Vomita num tupperware!
E aquela churrascaria chama da Boi Confinado? Você come e morre. Boi com finado! E a nova onda dos chefs é servir tudo empilhado: uma folha de endívia, em cima um purê de cará, em cima uma espinha de haddock, em cima trufa branca ralada e aí você mete o garfo e a faca e DESMORONA! Prato Sérgio Naya. Culinaya moderna! E essa é a definição de "nouvelle cuisine": você chega em casa com fome e rouba a ração do cachorro! E aqueles que têm mania de nhoque da sorte? Nhoque da sorte é comer o garçom! Rarará! Como disse a Rosana Herman. E aí perguntaram pro português do boteco como ele fazia aquele ovo vermelho. Fácil, é só passar batom no fiofó da galinha. Rarará. Nóis sofre mas nóis goza! E gostoso!



Texto Anterior: Joyce Pascowitch
Próximo Texto: + última palavra - Vladimir Safatle: Um mundo de preconceitos filosóficos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.