São Paulo, domingo, 16 de abril de 2000


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Cronologia

1900 Nasce Mário Pedrosa em 25 de abril, no engenho Jussaral, distrito de Cruanji, Timbaúba, em Pernambuco, filho de Pedro da Cunha Pedrosa e Antônia Xavier Pedrosa. É o sexto filho de uma família de dez irmãos. Entre 1920-23, estuda direito. Nesse período, passa a se interessar pelo marxismo e faz amizades com Lívio Xavier, Murilo Mendes, Ismael Nery e Mary Houston, com quem se casará mais tarde.

1925 Adere ao Partido Comunista de São Paulo, cidade para onde havia se mudado em 1924. Em 7 de novembro de 1927, parte para a Rússia, mas adoece ao chegar na Alemanha, onde permanece e, como militante comunista, toma parte nas lutas de rua contra os nazistas. Na Universidade de Berlim, faz cursos sobre filosofia e sociologia. Breysig, Sombart, Thurnewald, Sprangel e Vogel foram alguns de seus professores. Retorna ao Brasil em 1929.

1933 Estréia como crítico de artes plásticas, escrevendo o primeiro ensaio brasileiro de inspiração marxista sobre o assunto: uma conferência pronunciada em 16 de junho por ocasião de uma exposição da artista alemã Kaethe Kollwitz. Essa conferência será republicada em "Arte, Necessidade Vital" (1949). Em 1935, muda-se para o Rio. Em novembro desse ano, casa-se com Mary Houston. Com o golpe do Estado Novo, em 1937, é perseguido e se exila na Europa. Em 1941, volta ao Brasil, mas é preso e obrigado a embarcar com a família para os EUA.

1944 Em dezembro, publica dois ensaios sobre Calder, que tem sua primeira grande exposição no Museu de Arte de Nova York. Os artigos saem no "Correio da Manhã", onde Pedrosa começa a abordar a questão que se transformará na preocupação central da sua crítica por quase duas décadas: a abstração. Em 1946, cria a seção de artes plásticas do "Correio da Manhã", para a qual escreverá regularmente até 1951 e, depois, esporadicamente, até 1968. Em 1957, entra para o Partido Socialista.

1953 Integra o júri da Primeira Exposição Internacional de Arte Abstrata, inaugurada em 20 de janeiro, no Hotel Quitandinha (Rio de Janeiro). Em 1961, transfere-se para São Paulo, onde assume a direção do Museu de Arte Moderna e a secretaria-geral da 6ª Bienal. Durante o ano viaja pelo mundo todo para convidar as delegações à Bienal, inclusive à Rússia, numa tentativa fracassada de trazer as telas dos construtivistas para a mostra.

1968 Com a decretação do AI-5, em dezembro, é aconselhado por amigos a permanecer na Europa, onde estava em viagem. Retorna ao Brasil no final de março. Lidera um movimento de boicote de artistas nacionais e estrangeiros à 10ª Bienal de São Paulo, como forma de repúdio à ditadura militar. Protesta violentamente contra a censura do Itamarati às obras selecionadas, em exposição no MAM do Rio, para representar o Brasil na 4ª Bienal de Paris. Em novembro, viaja para o Japão para participar do júri da Bienal de Gravura de Tóquio.

1970 Em 29 de julho tem sua prisão decretada. Refugia-se no Chile. Em 1971 é enquadrado na Lei de Segurança Nacional. Com o golpe contra Allende vai, em 1973, para a Cidade do México e, depois, para Paris, onde passa quase quatro anos. Em 1977, quando é revogado o seu mandato de prisão, volta ao Brasil. Participa da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT). Morre em 5 de novembro de 1981, no Rio de Janeiro.


O texto acima foi baseado na cronologia publicada em "Política das Artes", de Mário Pedrosa (Edusp).

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