São Paulo, domingo, 16 de agosto de 1998

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RISCO NO DISCO
Voyeuse

LEDUSHA

Espiche-se, baby, estamos em mar aberto, tão suave ondula o domingo entre cortinas. Assim, lânguido como um dândi na minha cama desfeita, deite o corpo dono de faíscas súbitas: deleite. Não me olhe como se ouvisse língua morta assombrando nosso ninho. Só para (te ouvir) dizer moída de prazer: fogo? busco um código imediato, hiato em tons ardentes. Delícia faz vento entre os dentes. Falo da fala que me fascina, sina que desloca. Se não me derramo, também não me encolho. No canto do ouvido escondo meu olho.



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