São Paulo, domingo, 17 de maio de 1998

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Alô, boçais

LEDUSHA

Para quem

Minha maneira de levar -lâmina e música- o barco insondável da vida sob a mira infecta. Sua pálida ética sempre tentando me delegar (palavra déspota!) o estandarte da alegoria, fatal como a bandeira insolúvel dos suicidas. Tolinhos. Egos de gemada. Escória plural, lodo até as unhas. Fake brains, mistaken eyes. Arenga capenga, replay de banalidades. Xô. Cutucaram a fogueira com idéias curtas, agora segurem as faíscas. Meu porto se acende ao sopro das brisas e só cintila em circunstâncias imprecisas. Meu ponto de vista é outro, lá, onde a vida se expande e se afunila, onde quer que ainda insista o pólen da poesia, onde seu bode, seu bonde nunca chegará.



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