A artista iugoslava nasceu em Belgrado, em 1946. Começou a utilizar o próprio corpo em performances em 1972, explorando a dor e a resistência física. Na obra "Rhythm 0", de 1974, a artista ficou parada ao lado de uma mesa (que continha uma arma, um machado, tinta, perfume, batom, mel, azeite etc) oferecendo seu corpo aos espectadores. Em um texto na parede, a explicação: "Há 72 objetos sobre a mesa que podem ser usados em mim conforme desejado. Eu sou o objeto". Seis horas depois, suas roupas haviam sido rasgadas e a arma tinha sido apontada para sua cabeça. De 1976 a 1988, fez trabalhos em colaboração com o artista alemão Ulay em que as relações corporais eram colocadas em xeque. Esteve no Brasil para a 18ª Bienal de São Paulo, em 1985, apresentando, com Ulay, a performance "Nightsea Crossing", na qual o casal se olhava fixamente durante sete horas. Foi premiada na Bienal de Veneza em 1997 pela obra "Barroco Balcânico", na qual passou dias sobre ossos de gado, limpando-os e entoando canções de sua infância.


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