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Os 100 +
VINTE ESPECIALISTAS INDICAM CONCEITOS, LIVROS, CDS E IDÉIAS QUE IRÃO DOMINAR O DEBATE EM SUAS ÁREAS, COMO ALIMENTOS "LIMPOS", ROUPAS "HIGH-TECH", HISTÓRIA ORAL, REPUBLICANISMO, RAP FEMININO E OS CINEMAS DA CHINA E TAILÂNDIA
História
por Ronaldo Vainfas
Minorias étnicas e religiosas
Tendência forte nos últimos
anos que deve se aprofundar na
historiografia, ela tem a ver com
a crescente aproximação entre a
história e a antropologia e com a
importância atual dos conflitos
identitários e dos fundamentalismos. Os estudos de longa duração sobre vários tipos de diáspora tendem a crescer.
Tempo presente
Marca a entrada dos historiadores na área em que predominavam sociólogos, cientistas políticos e jornalistas. Direção que
deve se aprofundar, com ênfase
nas relações e conflitos internacionais em perspectiva diacrônica, e não somente presentista.
História oral e iconologia
Vertente cada vez mais presente
nas pesquisas históricas, com
grande visibilidade em congressos internacionais.
Tem o mérito da renovação de
fontes e métodos. Traz o risco,
no caso da história oral, de confundir história e memória. No caso da iconologia, o problema é o
excesso de tecnicismo.
História política
"Nova história política", no sentido de René Rémond. A revalorização da política como objeto do
historiador é um ajuste de contas com a tradição dos "Annales", que desmereceu essa dimensão da história.
E uma prova da crise do marxismo reducionista, que nunca admitiu no fenômeno político uma
dinâmica própria.
Revalorização da narrativa na
escrita da história
Foi-se o tempo do ensaio pesado
e abstrato e dos livros de história só preocupados em demonstrar modelos teóricos. Cada vez
mais o historiador se dedica a
contar enredos e desfiar tramas
com base em pesquisa empírica.
Exemplo disso é a micro-história
e a redescoberta das biografias.
RONALDO VAINFAS é professor titular de história na Universidade Federal Fluminense, autor de "Trópico dos Pecados" (ed. Nova Fronteira).
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