São Paulo, domingo, 17 de dezembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice Teatro por Sílvia Fernandes Teatro pós-dramático O termo cunhado pelo teórico alemão Hans-Thies Lehmann no livro homônimo define teatralidades híbridas, na mescla de performance, dança, vídeo, música, artes gráficas, imagens virtuais, hologramas e interatividade. O único denominador comum é a autonomia em relação ao texto dramático, como acontece em Frank Castorf ("Anjo Negro"), Théâtre du Radeau ("Coda") e Jan Fabre (criador de "Eu Sou Sangue" e da revista "Janus", sediada em Bruxelas). Teatro de grupo A organização de coletivos artísticos na defesa de políticas públicas para o teatro funciona em rede nos movimentos "Arte contra a Barbárie" e "Redemoinho". A mobilização é um exemplo recente de associação entre ética e estética em grupos orientados por processos colaborativos. Teatro-cidade As intervenções urbanas apostam na interlocução com a cidade e a cultura da rua. Mapeiam teatros invisíveis em espaços públicos e viagens exploratórias a periferias urbanas e nacionais ("BR3", do Teatro da Vertigem), na criação de dramaturgias expandidas pelo ativismo poético ("Urgência nas Ruas", do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos) e na cena "on the road" ("Cargo Sofia-Avignon", dirigido por Stefan Kaegi, do coletivo Rimini-Protokoll). Teatro do real O recurso a não-atores é o desarranjo mais recente nos paradigmas da representação. Obriga o espectador a confrontar-se com corpos desviantes, pela doença, pela exclusão, pela transgressão da norma, como em "Gotham SP", de Renato Cohen, Sérgio Penna e pacientes do hospital-dia A Casa, ou na "Tragedia Endogonidia", da Socìetas Raffaello Sanzio [Itália]. Teatro-oficina [O grupo] Uzyna Uzona e José Celso Martinez Corrêa. SÍLVIA FERNANDES leciona história do teatro na Escola de Comunicações e Artes da USP. Texto Anterior: Filosofia por Oswaldo Giacoia Jr. Próximo Texto: Arquitetura por Guilherme Wisnik Índice

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