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São Paulo, domingo, 18 de maio de 2003

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JOSÉ SIMÃO

Buemba! Heloisa Helena vira patricinha!

Buemba! Buemba! Macaco Simão urgente! O braço armado da gandaia nacional. Direto da República da Língua Plesa! Socorro! Cuidado! Todos para o abrigo! Heloisa Helena vem aí! E eu sou contra a expulsão da Heloisa Helena, vulgo Fogo Amigo! Ela devia pagar prenda. Deviam dar um castigo. O castigo seria ela levar uma vida de patricinha. 1) Cortar aquele rabo-de-cavalo e fazer chapinha. Ia ficar a cara da Fátima Bernardes. 2) Passar o dia no shopping. Porque patricinha é uma idiota com cartão de crédito. 3) Dormir abraçada com um Piu-Piu de pelúcia. 4) Não perder um só capítulo de "Malhação"!
E nada de ficar lendo "O Capital", de Marx. Só o pensamento vivo da Ana Maria Braga. Ops, Anameba Brega! E nada dessa história de marxismo cristão, que Jesus era camarada. Ia ter que virar carismática. Fã do padre Marcelo. Rarará! Esse castigo ia ser pior que pena de morte. Pior que cadeira elétrica do Bush! Pior que o paredón do Fidel!
E duvido que qualquer companhia aérea tenha peito de comunicar à Heloisa Helena que ela não pode embarcar porque tá dando overbooking. Ela ia cuspir fogo. Vomitar verde! Ela ia cuspir fogo e vomitar verde! E ela virou performática, multimídia. Ela não está mais dando declaração, está dando show. Ela vai dar uma palestra no Maranhão e o convite é: "Sarney que se cuide, Heloisa Helena vem aí". Rarará. E uma amiga minha, quando a neta não quer comer, ameaça: "Se você não comer tudo, eu chamo a Heloisa Helena". Rarará.
E a Heloisa Helena virou gíria. É verdade. A gíria é: baixou uma heloisa helena. "O cara quis folgar comigo, mas aí baixou uma heloisa helena e eu botei ele pra correr." E aquela amiga minha que achou uma gata na rua e a gata se revelou uma encrenqueira, arranha todo mundo. E aí ela batizou a gata de Heloisa Helena. Rarará. É mole? É mole, mas sobe!
E atenção! Cartilha do Lula. Mais três verbetes pro óbvio lulante. "Taxativa": a prefeita Marta. "Cornucópia": clone de chifrudo. "Contra-regra": Heloisa Helena. Rarará. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!


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