São Paulo, domingo, 19 de agosto de 2001

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A visão de um astrônomo

free-lance para a Folha

Para o astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, a astrologia foi central à evolução científica, ao aguçar e prover de novos métodos uma prática onipresente na efabulação mítica dos povos arcaicos, o estudo do céu, apesar de ser equivocada ao supor uma "influência" moral dos astros sobre o destino humano.
Um legado concreto da astrologia teriam sido as "efemérides" -tabelas adotadas por árabes e judeus na previsão dos movimentos celestes (com até quatro anos de antecedência)-, úteis às grandes expedições marítimas dos séculos 15 e 16.
Mas o pesquisador titular do Museu de Astronomia e Ciências Afins é incisivo ao recusar à astrologia legitimidade como via de descrever as constelações zodiacais e de inferir -inclusive pelo empréstimo de conceitos com lastro científico, tomados à astronomia- efeitos terrenos dos perfis astrais. O interesse atual pela astrologia denotaria, segundo ele, uma "válvula de escape" contra as pressões da vida moderna. (CCS)



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