São Paulo, domingo, 20 de maio de 2001

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Donatella Berlendis nasceu em Milão e veio para o Brasil em 1951. No final dos anos 70 ela fundou sua editora de infanto-juvenis e publicou, entre outras jóias, "Chapeuzinho Amarelo", de Chico Buarque, que estabeleceu um novo padrão de qualidade gráfica em livros do gênero. Agora ela lança a coleção Letras Italianas, que começa com obras dos sicilianos Pirandello, Verga e Vittorini.

Como surgiu a Berlendis & Vertecchia?
Em 1979, quando lançamos "Chapeuzinho Amarelo", do Chico Buarque, que foi um sucesso. Desde então nos concentramos nos livros infanto-juvenis, como "O Arteiro e o Tempo", de Luis Fernando Veríssimo, "Os Anjos Pintores", de Ana Maria Machado, e "Gota d'Água", de Tomie Ohtake.
Por que só agora começaram a coleção?
É difícil dizer. Já pensava na série havia muito tempo. Primeiro quis fazer uma coleção de escritoras, mas muitas das que eu gostava já estavam traduzidas. Minha relação com a Itália é forte, por isso resolvi mapear sua literatura por regiões, começando pela Sicília. Quero também dar ênfase a um período que ficou meio esquecido, aquele que vai do entreguerras até os anos 60.
Quais os próximos passos da editora?
Estamos lançando agora dois autores do Piemonte (Noroeste da Itália), Natalia Ginzburg (com "Foi Assim") e Beppe Fenoglio ("Uma Questão Privada"). Cada região da Itália tem uma cultura diferente e em quase todas há grandes escritores. Além disso, estamos comprando os direitos autorais de novos títulos de literatura, inclusive de um não-italiano.
O que acha do padrão dos livros editados hoje no Brasil?
Melhorou muito. Lembro que, quando fizemos "Chapeuzinho Amarelo", em 1979, com capa dura e papel bom, disseram que o livro tinha mudado o padrão editorial do infanto-juvenil. Dos anos 80 para cá houve uma grande mudança, hoje editamos belos livros.


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