São Paulo, domingo, 22 de junho de 2008

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MACHADO DE ASSIS

Dom Casmurro
Introspectivo, Bento Santiago analisa seu relacionamento com Capitolina, marcado por ciúme e desconfiança do narrador em relação à mulher e ao amigo Escobar, ex-colega de seminário

Memórias Póstumas de Brás Cubas
Depois de uma vida em busca de glória -simbolizada pela tentativa de criar uma panacéia em forma de emplasto- , o morto que narra este romance aborda problemas universais a partir de discussões com o filósofo Quincas Borba e de encontros românticos

Quincas Borba
Rubião, o protagonista, herda do pensador do título uma fortuna, um cão e a filosofia. Neste livro aprofunda-se o "humanitismo", teoria resumida pela fórmula "ao vencedor as batatas", que inspiraria estudo de mesmo nome do crítico Roberto Schwarz (publicado pela ed. 34)

Memorial de Aires
O último romance de Machado traz de volta o Conselheiro Aires, cujo "Memorial" já se anunciara em "Esaú e Jacó". A ironia típica dos romances anteriores dá lugar à melancolia na narração do amor entre Tristão e Fidélia

O Alienista
Simão Bacamarte, a personagem-título do conto, questiona os conceitos de razão e loucura. Em meio a jogos políticos em sua cidade, o alienista ganha poder e chega a prender boa parte da população em seu asilo

Canção de Piratas
Nesta crônica, publicada em 1894 na "Gazeta de Notícias", Machado interpreta o movimento liderado por Antônio Conselheiro como uma inspiração poética, por representar uma alternativa às regras sociais vigentes

GUIMARÃES ROSA

Grande Sertão: Veredas
Riobaldo narra sua trajetória como jagunço. O épico de Guimarães Rosa, carregado de neologismos e metáforas, inclui o drama da vendição da alma e a relação erótica multifacetada do protagonista com Diadorim

Meu Tio o Iauaretê
Um mameluco conta a um visitante sua transformação: de caçador de onças a onça. As reações do interlocutor são inferidas da fala do narrador, que mistura o português coloquial ao tupi, a termos africanos e a representações de sons animalescos


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