São Paulo, domingo, 22 de julho de 2001

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MAX HORKHEIMER (1895-1973)
De origem judaica, como os demais frankfurtianos da primeira geração, dirige o Instituto de Pesquisa Social de 1931 em diante, sucedendo a Carl Grünberg, que fundara o núcleo em 1923. Escreve em 1937 "Teoria Tradicional e Teoria Crítica" (publicado na coleção "Os Pensadores" da editora Abril), ensaio tido como o manifesto da Escola de Frankfurt. No exílio americano, publica "Dialética do Esclarecimento" com Adorno (Jorge Zahar) e "Eclipse da Razão" (ed. Labor do Brasil), em 1947. De volta à Alemanha, chega ao reitorado da Universidade de Frankfurt (1951-53) e capitaneia a reconstrução do Instituto de Pesquisa Social. Volta aos EUA em 1954. Mora na Suíça após a aposentadoria.


THEODOR ADORNO (1903-1969)
Formado em filosofia na Universidade de Frankfurt em 1924, Adorno ali leciona e se engaja no Instituto de Pesquisa Social, até partir para o exílio após a ascensão nazista. Mora na Inglaterra de 1934 até ir para os EUA, onde fica entre 1938 e 1949 -período em que coordena, na Universidade da Califórnia, uma célebre pesquisa sobre a "personalidade autoritária", um estudo sobre os traços antiliberais da população americana. Escreve já na Alemanha livros como a "Dialética Negativa", a "Teoria Estética" (Martins Fontes) e "Minima Moralia" (Ática). Torna-se reitor da Universidade de Frankfurt em 1968, entrando em choque com o movimento estudantil local. Morre na Suíça.

WALTER BENJAMIN (1892-1940)
Teve a carreira acadêmica bloqueada com a rejeição da Universidade de Frankfurt à sua tese sobre a "Origem do Drama Barroco Alemão" (1928). Vive de trabalhos de tradução e, em especial, da crítica literária. Sai da Alemanha hitlerista em 1933; vai para a França, onde estreita o diálogo teórico (nunca pacífico) com os outros frankfurtianos. Após a ocupação alemã do país, tenta fugir da Gestapo pela fronteira espanhola, onde se suicida. A Brasiliense publicou três volumes de "Obras Escolhidas" do autor.

HERBERT MARCUSE (1898-1979)
Estudante na Universidade de Freiburg nos anos 20 (defendendo tese orientada por Heidegger), também milita no Partido Social-Democratra local. Sai da Alemanha em 1933, passando alguns meses em Genebra e em Paris, onde assume com Horkheimer e Adorno a direção da "Revista para a Pesquisa Social", publicação oficial do grupo. Parte em 1934 para os EUA. Naturaliza-se americano em 1940. Volta a lecionar em 1951. Com obras como "Eros e Civilização" (ed. LTC), de 1955, e "A Ideologia da Sociedade Industrial", de 1964, se torna uma das principais inspirações das revoltas estudantis de 1968. Morreu em viagem de trabalho à Alemanha. Leia, dele, também "Razão e Revolução" e "Cultura e Sociedade", ambos editados pela Paz e Terra.

JÜRGEN HABERMAS (1929)
Um dos principais filósofos e sociólogos vivos, nasce em Düsseldorf. Estuda filosofia, história, psicologia e economia nas universidades de Göttingen, Zürich e Bonn. Entre 1955 e 1959, entra no Instituto de Pesquisa Social, em Frankfurt, onde colabora com Adorno e Horkheimer na pesquisa "Student und Politik" (1959). De 1961 a 1964, leciona na Universidade de Heidelberg. De 1964 a 1971, é professor titular de filosofia e sociologia da Universidade de Frankfurt, sucedendo a Horkheimer em sua cátedra. De 1971 a 1982, dirige o Instituto Max Planck para a Investigação das Condições de Vida do Mundo Técnico-Científico, em Starnberg, perto de Munique. Em 1982, aceita novamente uma cátedra no departamento de filosofia da Universidade de Frankfurt. Aposenta-se em junho de 1994. Entre suas obras de maior impacto traduzidas para o português estão "Mudança Estrutural na Esfera Pública", "Direito e Democracia" e "Consciência Moral e Agir Comunicativo" (Tempo Brasileiro).



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