São Paulo, domingo, 23 de novembro de 2008

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+ CRONOLOGIA

28.nov.1908 - Claude Lévi-Strauss nasce em Bruxelas, na Bélgica. É filho de pais franceses: Raymond Lévi-Strauss e Emma Lévy. Em 1909, a família, de origem judaica, muda-se para Paris

1927 - Inscreve-se em direito e faz curso de filosofia na Sorbonne

1932 - Casa-se com Dina Dreyfus

1933 - É nomeado para o liceu de Laon

1935 - Em fevereiro, embarca para o Brasil. Desembarca em Santos e passa a viver em São Paulo. Reside na rua Cincinato Braga, 395, entre a rua Carlos Sampaio e a avenida Brigadeiro Luís Antônio. Assume a cadeira de sociologia na Universidade de São Paulo. Tem como colegas de trabalho o geógrafo Pierre Monbeig (1908-1987), o historiador Fernand Braudel (1902-1985) e o filósofo Jean Maugüé (1904-1985). Junto com a mulher, também etnóloga, faz a primeira viagem a Mato Grosso, onde inicia os estudos sobre os índios cadiuéus, bororos e nambiquaras

1938 - Desiste da renovação do contrato na Universidade de São Paulo para consagrar-se a uma longa expedição pelo interior do Brasil

1939 - Volta à França e instala, no Museu do Homem, as coleções etnográficas recolhidas nos anos em que esteve no Brasil. Separa-se de Dina

1941 - Com o avanço da Segunda Guerra, decide partir para os EUA. Passa a viver em Nova York, onde ensina na New School for Social Research

1945 - Casa-se com Rose-Marie Ullmo. Deste casamento nasce Laurent. Após a guerra, torna-se conselheiro cultural da Embaixada francesa nos EUA

1947 - Retorna à França

1948 - Defende na Sorbonne a tese "As Estruturas Elementares do Parentesco", que é publicada em 1949

1950 - Com o apoio da Unesco, viaja à Índia e ao Paquistão Oriental (atual Bangladesh). Assume a função de diretor de estudos na Escola Prática de Altos Estudos, na seção de ciências religiosas

1954 - Após o segundo divórcio, casa-se com Monique Roman

1955 - Publica "Tristes Trópicos", autobiografia intelectual, narrativa de viagem ao Brasil e ensaio científico sobre os indígenas cadiuéus, bororos, nambiquaras e tupi-cavaíbas. A obra torna-se um clássico da etnologia e dos estudos sobre o país

1957 - Nascimento do filho Matthieu

1958 - Publica o volume 1 de "Antropologia Estrutural", dedicado à memória do francês Émile Durkheim (1858-1917), um dos fundadores das ciências sociais

1959 - É eleito para a cadeira de antropologia social no Collège de France, fundado em 1530 e uma das mais prestigiosas instituições de ensino da França

1960 - Funda, no Collège de France, o Laboratório de Antropologia Social

1961 - Cria, com colaboradores, a "L'Homme - Revue Française d'Anthropologie" (O Homem - Revista Francesa de Antropologia)

1962 - Publica "O Totemismo Hoje" e "O Pensamento Selvagem" -este último dedicado à memória do filósofo francês Maurice Merleau-Ponty (1908-61)

1964-71 - Lévi-Strauss publica os quatro volumes das "Mitológicas"

1968 - Na França, é condecorado com a Medalha de Ouro do Centro Nacional de Pesquisas Sociais

1973 - Eleito para a Academia Francesa. Publica "Antropologia Estrutural 2", obra dedicada aos membros do Laboratório de Antropologia Social

1974 - Numa quinta-feira, 27 de junho, toma posse na Academia Francesa

1982 - Aposenta-se do Collège de France

1985 - Volta ao Brasil após 46 anos

1989 - O Museu do Homem organiza a exposição "As Américas de Claude Lévi-Strauss"

1994 - Publica "Saudades do Brasil", que reúne fotografias do interior do país que fez entre 1935 e 1938

1996 - Publica "Saudades de São Paulo", com fotografias de São Paulo feitas entre 1935 e 1937. "Se, no título de um livro recente, apliquei ao Brasil (e a São Paulo) o termo "saudade", não foi por lamento de não mais estar lá. De nada me serviria lamentar o que após tantos anos não reencontraria. Eu evocava antes aquele aperto no coração que sentimos quando, ao relembrar ou rever certos lugares, somos penetrados pela evidência de que não há nada no mundo de permanente nem de estável em que possamos nos apoiar" ("Saudades de São Paulo", tradução de Paulo Neves, Cia. das Letras, 1996)

28.nov.2008 - Claude Lévi-Strauss completará cem anos. "É assim que me identifico, viajante, arqueólogo do espaço, procurando em vão reconstituir o exotismo com o auxílio de fragmentos e de destroços" ("Tristes Trópicos", trad. Rosa Freire d'Aguiar, Cia. das Letras)


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