São Paulo, domingo, 26 de agosto de 2001

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+ notas

Pensando com os pés
A batalha entre caminhar e dirigir parece ter sido vencida pelos carros. Em seu novo livro, "Wanderlust" (Verso Books), Rebecca Solnit discute como um grotesco erro de planejamento urbano vem acabando com uma das coisas que fazem os homens mais humanos: "O bipedalismo está relacionado, na evolução, à capacidade de pensar", afirma, citando como exemplo o pensador Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), que foi a pé de sua casa na Suíça a Paris.

Dicionário Lezama Lima
Acaba de ser lançado na Espanha o "Diccionario -Vida y Obra de José Lezama Lima" (Generalitat de Valencia), que faz um apanhado dos conceitos mais importantes e uma extensa biografia do escritor cubano (1910-1976).

A mente européia e a barbárie
O crítico literário inglês Terry Eagleton discute, em resenha na edição mais recente do "London Book Review", o livro "God, Gulliver and Genocide" (Oxford), de Claude Rawson. No texto, ele critica o fascínio -que imputa aos norte-americanos em geral- com tudo o que é estranho, que faz com que o autor perca sutilezas nas falas de Swift e Wilde, entre os vários britânicos que critica.

Canibalismo entre irmãos
Em "Consuming Grief" (University of Texas Press), a antropóloga Beth Conklin se debruça sobre a tribo amazônica dos waris, que, para ela, representa uma das últimas chances para estudar a antropofagia -até meados do século 20 os waris devoravam seus mortos para demonstrar o luto.

Ciência, fé e medicina alternativa
"Tenho pacientes que ingerem pílulas de alho e outros produtos herbais, embora a ciência não tenha demonstrado claramente sua eficácia. Ironicamente, eles o fazem em nome da ciência." Essa é a opinião de Ronald Dworkin na nova edição da "Policy Review". Principal nome, com John Rawls, do pensamento político atual, Dworkin, que também é médico, defende regulamentação rigorosa da medicina alternativa: "Em 2000, os americanos gastaram mais dinheiro com medicina alternativa do que com alopática". O grande problema, diz, é que as terapias eficientes, como a acupuntura, são colocadas sob o mesmo rótulo que as ineficazes, como a terapia magnética.



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