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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Safra de laranja tem estimativas contraditórias

O setor citrícola, que viveu um dos piores momentos de sua história no ano passado, começa 2013 com uma grande dúvida. Qual é o tamanho da safra 2013/14?

A apuração de estatísticas é sempre complexa no país, mas os números oficiais e os privados da produção de laranja deste ano deixam o setor desnorteado. Divulgados ontem, os números apontam diferença de 71 milhões de caixas de 40,8 quilos.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o IEA (Instituto de Economia Agrícola) e a Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) preveem produção comercial de 327,8 milhões de caixas para São Paulo.

Esse volume, somado aos 11,9 milhões do Triângulo Mineiro, eleva a produção comercial da região para 339,7 milhões de caixas.

Para o mesmo período e para a mesma região, a indústria, por meio do CitrusBR, aponta uma produção de 268,4 milhões de caixas.

A estimativa de safra dos órgãos oficiais supera em 27% a do setor privado.

Por que tanta diferença? A principal é o ponto de partida no total de pés de laranja em produção. Para a Conab e para o IEA, são 191 milhões na região. Para a CitrusBR, o pomar produtivo contém 162,1 milhões de plantas.

Apenas essa diferença no total de plantas produtivas evidencia uma diferença de 49 milhões de caixas, considerando a produtividade média de 1,69 caixa por planta.

Os outros 22 milhões de caixas seriam explicados, em parte, pelos locais de pesquisa. Os órgãos oficiais teriam um leque de municípios mais amplo do que o das indústrias. Mesmo assim, ainda seria um volume elevado, uma vez que esses municípios não considerados pela indústria seriam de baixa produção.

Essa grande diferença não é boa para ninguém. Os produtores terão dificuldade para estimar preços de venda e comparar custos. Já as indústrias, dependentes da matéria-prima, também têm boa parte dos custos atrelada ao volume de produção.

O setor passa por esse imbróglio após viver dois anos de safra e estoque elevados. No período, os preços caíram e os custos de produção subiram, principalmente devido às doenças nos pomares.

Do lado das indústrias, o setor enfrenta uma situação adversa no mercado externo, onde o consumo de suco de laranja vem caindo.

Se a indústria estiver correta, o setor tem chances de reduzir os estoques mundiais. A produção do CitrusBR aponta para uma queda de 117 milhões de caixas neste ano. O preço pode ficar mais aquecido para o produtor.

Pesquisa O levantamento de safra de laranja da Conab, do IEA e da Cati é amostral. Foram selecionadas 613 unidades produtoras aleatoriamente e projetados os dados para a região.

Censo O mais adequado seria um censo, mas é caro e o tempo de pesquisa é reduzido, segundo Denise Caser, pesquisadora do IEA.

Indústrias Cada empresa faz a sua avaliação via satélite. Em seguida, os dados são submetidos a uma auditoria independente para a estimativa final.

Produção A safra de café deverá ser de 48,6 milhões de sacas beneficiadas neste ano, abaixo dos 50,8 milhões de 2012.

Pés de café O total de cafés em formação subiu para 1,04 milhão de pés neste ano, 7% mais do que em 2012.

Onde cresce Minas Gerais tem crescimento de 15% na renovação de café. Já o Paraná foi o que mais perdeu, com recuo de 15% no total de cafeeiros em formação.

Baixo carbono O GVAgro lançou ontem o Observatório ABC, um fórum de discussão sobre a redução de emissão de gases do efeito estufa do setor agropecuário.

Ainda distante Estudo diz que o Brasil terá dificuldade para cumprir a meta, caso não haja esforço para fomentar a adesão do produtor.

Como está Houve avanços, mas ainda é pouco, diz Roberto Rodrigues.

DE OLHO NO PREÇO

cotações

Mercado interno

Trigo
(R$ por casa) 38,00
Feijão
(R$ por saca) 240,00

Chicago

Soja
(US$ por bushel) 15,25
Milho
(US$ por bushel) 7,07


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