Índice geral Mercado
Mercado
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Vaivém - Mauro Zafalon

mauro.zafalon@uol.com.br

Demanda cresce e arroba de suíno vai a R$ 58

Pelo segundo ano consecutivo, o mercado interno salva o setor de suinocultura. "A demanda está boa e o mercado reage bem", diz Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína).

Ao contrário do que ocorre no mercado interno, "o externo está sem novidades", diz Camargo Neto. As vendas externas tiveram forte baque quando a Rússia -principal mercado brasileiro- interrompeu as importações no início deste semestre.

Houve a retomada nas exportações, mas as vendas se mantiveram dentro das médias mensais.

Este é um período do ano de alta na demanda, devido às festas natalinas. Em janeiro e em fevereiro, no entanto, quando muitos consumidores estão na praia, a demanda cai, segundo o presidente da Abipecs.

A arroba de suíno chegou ontem a ser negociada a

R$ 58 no mercado paulista. Na média, os produtores estão efetuando as vendas a

R$ 55,50 no Estado, conforme pesquisa da Folha.

Apesar dessa alta, que atinge 5% nos últimos 30 dias, a arroba de carne suína não atinge os preços praticados no mesmo período do ano passado, quando as negociações estavam a R$ 68,60.

A reação dos preços ocorre porque as redes de comercialização paulistas intensificam as compras para a formação de estoques para as próximas semanas. Os grandes frigoríficos já haviam antecipado as compras em agosto e em setembro, segundo Camargo Neto.

O crescimento da demanda interna eleva o consumo médio per capita. Os números deste ano vão superar os 14 quilos do ano passado. O aumento se deve ao crescimento da renda dos consumidores e aos novos cortes que as indústrias colocaram no mercado.

Os consumidores encontram hoje uma variedade de cortes especiais nos supermercados e nos açougues, como costelinha, picanha etc., o que atraído a atenção deles, segundo Camargo Neto.

Lucro maior A John Deere previa lucro líquido de US$ 20,2 bilhões para produtores brasileiros de soja, cana, milho, arroz e algodão neste ano. Os preços das commodities subiram e a empresa elevou a projeção para US$ 28,4 bilhões.

Lucro menor Para 2012, a empresa prevê US$ 17,2 bilhões para esses produtos. A estimativa anterior era de US$ 21 bilhões.

Argentina Já os argentinos terão lucro de US$ 9,3 bilhões neste ano e de US$ 6,4 bilhões no próximo.

Nova baixa A arroba de boi recuou para R$ 105 ontem no mercado paulista.

COBRE

+1,33%

Ontem, em Londres

MILHO

-1,33%

Ontem, no mercado interno

Agronegócio utiliza pouca tecnologia

O uso de tecnologia no agronegócio brasileiro ainda está muito longe do dos países desenvolvidos. No Brasil, muitos profissionais ainda tomam decisões confiando exclusivamente no "feeling".

Pesquisa da consultoria Safras & Mercado mostra que o uso de ferramentas tecnológicas de apoio à decisão, além de análises de mercado de profissionais especializados, pode proporcionar maiores lucros.

A pesquisa mostrou que 66% julgam que esse uso de tecnologia é essencial para o seu dia a dia e importante para a frequente tomada de decisões.

Na avaliação de Paulo Molinari, diretor de mercado para os segmentos de milho e carnes da Safras & Mercado, o consumidor começa a ver o serviço de informação não como um gasto, mas como um investimento recuperável.

Com KARLA DOMINGUES

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.