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Produção de caminhões deve ser até 66% do investimento

Bom resultado do setor deve mascarar fraco desempenho geral do trimestre

Para elevar taxa no atual cenário, país terá que aumentar dependência de capital externo, diz analista

DA REUTERS

O investimento no país no primeiro trimestre do ano, que será anunciado hoje, deve ter crescido à maior taxa em três anos. Mas é possível que até 66% dele se deva só à fabricação de caminhões.

Gastou-se mais em caminhões em um ano do que o governo planeja investir em uma década em novas ferrovias, de acordo com a Bradesco Asset Management.

O forte aumento na produção de veículos pesados aconteceu após queda de 40% no ano passado, causada pela mudança nos padrões de emissão de carbono.

Empresários e analistas afirmam que, excluindo os caminhões, não esperam forte expansão dos investimentos no curto prazo.

"Estamos um pouco céticos com uma retomada muito forte do investimento no restante do ano", disse Leandro Padulla, da MCM Consultores.

No longo prazo, se o Brasil quiser aumentar a taxa de investimentos de forma sustentada, vai precisar de capital estrangeiro e também de dinheiro nacional.

A taxa de poupança do Brasil é a mais baixa entre as grandes economias emergentes e da América Latina. No ano passado, ficou em 14,8%.

"Isso vai exigir uma mudança radical do modelo econômico", disse o chefe de pesquisas em mercados emergentes na Capital Economics, Neil Shearing.

Se o Brasil atingir a meta do governo de elevar os investimentos para 25% do PIB sem aumentar a poupança interna, Shearing estima que o deficit em transações correntes subiria a quase 10% do PIB, nível que deixaria o país vulnerável a crises cambiais mesmo com reservas de quase US$ 400 bilhões.


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