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Empresas pagam preço de Jardins em Paraisópolis

Locação do m² comercial no centro da comunidade alcança valor da Oscar Freire, endereço nobre de SP

TIM, Vivo e Santander chegam até o início de 2012; nos últimos 18 meses, 20 companhias procuraram a região

CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO

Nas ruas estreitas e movimentadas do centro comercial de Paraisópolis, comunidade de 100 mil habitantes na zona sul de São Paulo, a variedade é grande.

Caminhando poucos metros, é possível encontrar Casas Bahia, Bradesco e Banco do Brasil ao lado de lojas locais, como a Gisele Presentes e o Sacolão Farias. E já há espaço reservado para TIM, Vivo e Santander.

Com tanto interesse no potencial de consumo local

-cerca de 20 empresas procuraram a União de Moradores nos últimos 18 meses para se instalar-, ficou mais caro montar ponto nos endereços mais cobiçados.

A Folha apurou que, hoje, o aluguel do m² no centro comercial de Paraisópolis chega a custar R$ 125 por mês.

Na região da Oscar Freire (Jardins), onde estão várias lojas de grife, o valor mínimo de locação está em R$ 100 por m², podendo alcançar R$ 220, segundo levantamento da imobiliária Herzog.

O preço em Paraisópolis também é superior praticados nas avenidas Interlagos (R$ 75 o m²), Brás Leme (R$ 90) e Radial Leste (R$ 85).

"Até pouco tempo, o que abria na comunidade era comércio local, tirando exceções como Casas Bahia [loja que chegou em 2008]", diz Gilson Rodrigues, presidente da União dos Moradores e do Comércio da comunidade.

"Agora, o poder de compra cresceu e passamos por um grande processo de urbanização, o que favorece a entrada de empresas maiores."

VÍNCULOS

Ao se instalar, as companhias contratam mão de obra local. "É uma forma de reforçar o vínculo com a comunidade e ajudar a desenvolvê-la", diz André Caio, diretor da regional SP da Vivo, que pretende abrir as portas em Paraisópolis até o fim deste ano.

"Além de vendedores, contrataremos pessoas locais para ações de marca na loja [como fotos em cartazes]."

As empresas que chegam oferecem a esse mercado consumidor, com renda média familiar de três salários mínimos, os mesmos produtos das lojas de outros endereços.

Algumas companhias, como Vivo, TIM e Santander (o banco prevê abertura de agência em Paraisópolis no primeiro trimestre de 2012), já atuam em outras comunidades do país -entre elas, o Complexo do Alemão, no Rio.

"Vale a pena o investimento", diz Erika Cascão, diretora de vendas da TIM no Estado de SP, que planeja abrir a loja em Paraisópolis ainda em 2011. "Esses consumidores podem comprar. Hoje, eles estão carentes é de oferta."

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