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Reação da indústria supera expectativa

Setor tem crescimento de 1,8% em abril em relação a março, com expansão disseminada pela maioria das atividades

Economistas dizem que segmento terá um ano melhor que 2012, mas a intensidade da reação ainda é dúvida

PEDRO SOARES DO RIO

Distante ainda de zerar as perdas do ano passado e de recuperar seu de pico de produção, a indústria mostrou reação forte em abril, que superou as expectativas.

O setor fechou o primeiro quadrimestre com o crescimento espalhado em mais setores, em uma sinalização mais clara da retomada dos investimentos.

Tal retrato surge da pesquisa de produção industrial de abril, que subiu 1,8% na comparação com março.

Foi a segunda alta consecutiva e, dessa vez, a expansão ocorreu na maioria das atividades. O segmento, porém, ainda está abaixo de seu patamar de produção recorde, que foi alcançado em maio de 2011.

Os destaques foram máquinas e equipamentos para diversos ramos (energia, indústria, construção) e caminhões. Os itens integram os chamados bens de capital, categoria que sinaliza a quantas anda o investimento que se beneficia de juros subsidiados e mais crédito do BNDES.

São quatro meses consecutivos de alta de bens de capital. Tal sequência leva economistas a estimarem um crescimento do investimento (em torno de 5%) superior ao do PIB (projeção de cerca de 2,5%) neste ano.

Outro propulsor da indústria em abril foram automóveis e eletrodomésticos (os chamados bens duráveis), favorecidos pela manutenção do IPI reduzido.

Para André Macedo, economista do IBGE, o "cenário é mais positivo" e de um crescimento "de mais qualidade" graças à melhora do "generalizada investimento" --ou seja, com alta para máquinas de diversos setores.

Nota-se o quadro mais favorável com a alta de 1,6% no primeiro quadrimestre --nos últimos quatro meses de 2012 houve queda de 1,1%.

O resultado melhor se deve especialmente à forte alta de 8,4% em abril em relação a abril de 2012 --a maior desde agosto de 2010.

INTENSIDADE

Economistas esperam um 2013 melhor para a indústria. A dúvida, porém, é a intensidade da reação.

"Nossa expectativa ainda é de algum arrefecimento da produção industrial em maio", afirma Aurélio Bicalho, do Itaú.

Para Bicalho, a melhora da indústria em abril "reforça o cenário de aceleração do PIB no segundo trimestre, após a surpresa negativa" do primeiro trimestre. A alta de janeiro a março, de 0,6%, ficou aquém até mesmo das projeções do governo.

Leia análise
folha.com/no1289861


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