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O Brasil que mais cresce

Juazeiro do Norte vive romaria do consumo

Famosa pelo padre Cícero, cidade aproveita localização para atrair consumidores de diversas partes do Nordeste

Município do CE tem o 3º maior polo calçadista do Brasil e tenta viabilizar a criação de um distrito industrial

AGUIRRE TALENTO ENVIADO ESPECIAL A JUAZEIRO DO NORTE (CE)

Famosa pelas romarias para o padre Cícero (1844-1934), Juazeiro do Norte (Ceará) tem sido cenário de outro tipo de peregrinação nos últimos anos: tornou-se polo de comércio e serviços do semiárido, atraindo consumidores de todo o Nordeste.

A cidade tem na localização uma vantagem estratégica: fica quase no centro do Nordeste, a cerca de 600 km de sete capitais da região.

Uma profusão de vans e ônibus já é cena comum no centro da cidade --são cerca de 7.000 visitantes por dia, estima o comércio local.

Empresas nacionais de varejo disputam espaço com marcas locais.

Redes como Lojas Americanas, Bompreço (Walmart) e Atacadão (Carrefour) dividem a atenção com empresas como Macavi (eletrodomésticos e eletrônicos), Rabelo (móveis e eletrodomésticos) e Asteca Calçados.

"Há uma invasão das redes nacionais e das franquias no comércio local, o que está elevando a competitividade do setor", disse Michel Araújo, da Câmara de Dirigentes Lojistas de Juazeiro do Norte.

E a perspectiva futura é promissora: crescimento médio de 10% nos próximos anos, estima a CDL.

No ano passado, o setor de comércio e serviços no Brasil cresceu só 1,7%.

A expansão se reflete no PIB de Juazeiro do Norte, que praticamente dobrou de 2006 a 2010, chegando a R$ 1,9 bilhão, quinto maior do Ceará.

A capital Fortaleza é a líder do Estado (e o nono maior PIB do país em 2010), com R$ 37,1 bilhões --crescimento de 66% em relação a 2006.

O crescimento da cidade está ligado à devoção ao padre Cícero, que atrai cerca de 2,5 milhões de romeiros por ano, segundo cálculos do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Roberto Celestino.

O fluxo de fiéis supera em dez vezes a população da cidade cearenses, de 249 mil habitantes.

"O nordestino se acostumou a vir pelo padre Cícero, e nessas visitas ele consome serviços e compra produtos da cidade", diz Celestino.

Os reflexos do crescimento são nítidos: o comércio é diversificado, há boa oferta de serviços e uma série de prédios sendo erguidos.

Entre essas construções, está o terceiro shopping de Juazeiro do Norte, que terá mais de cem lojas.

O primeiro complexo de lojas passou por reforma recente e deve inaugurar seis salas de cinema neste ano --duas delas em 3D.

INDÚSTRIA

Para além do setor terciário (comércio e serviços), que representa cerca de 80% da economia local, a indústria local avança --o segmento emprega atualmente cerca de 11 mil pessoas.

A cidade tem o terceiro maior polo calçadista do Brasil e tenta viabilizar a criação de um distrito industrial, após tentativa nos anos 1990.

"Terrenos foram doados para empresas que acabaram não se instalando. Agora precisamos comprar de volta essas terras para retomar o distrito", disse Celestino, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico.


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