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Investimento

Aplicação começa com menos consumo

Analistas aconselham futuros investidores a definir montante, prazo e destino dos recursos poupados

Poupança ainda é uma boa opção para o curto prazo; riscos que as ações carregam não devem ser ignorados

FABRICIO VIEIRA
DENYSE GODOY
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Deixar de consumir para poupar não é uma decisão fácil de ser tomada. Não são todos que estão dispostos a adiar a satisfação de um prazer em busca da realização de um projeto futuro. Tanto que o percentual de brasileiros que pretendem reservar uma parte do 13º salário para iniciar uma aplicação financeira é relativamente pequeno.

"Mas esse recurso extra pode ser visto como um ótimo começo de investimento. Para motivação, basta se concentrar na importância dos objetivos de longo prazo, como a educação dos filhos ou a manutenção do padrão de vida após a aposentadoria", sugere o economista Luiz Roberto Calado, autor do livro "Fundos de Investimento - Conheça Antes de Investir" (editora Campus Elsevier).

Para os que decidem encarar o desafio, a ampla lista de ofertas de produtos para aplicar que existe desperta dúvidas: quando comprar ações? As modalidades que pagam juro são todas iguais? O que considerar na hora de escolher em que investir?

Em meio a fundos de renda fixa e DI, poupança, Tesouro Direto e Bolsa de Valores, o futuro investidor pode acabar por se sentir perdido.

"É importante lembrar que não há uma fórmula pronta. Depende de cada um, do objetivo associado ao dinheiro, do montante a ser aplicado", resume William Eid Júnior, professor de finanças da FGV.

Para o consultor Mauro Calil, o primeiro passo para os iniciantes é fazer três perguntas: quanto pretende investir; por quanto tempo manterá a aplicação; e qual o destino dos recursos guardados.

Quanto maior o prazo do investimento, maiores são as possibilidades de diversificação e de risco. Isso porque, se a pessoa vai necessitar das economias daqui a alguns meses -para uma viagem, por exemplo- e aplicar tudo em ações, pode ser surpreendida com uma repentina queda da Bolsa e a depreciação do que aplicou, não tendo tempo hábil para aguardar a recuperação dos valores.

No outro extremo, no caso de quem está pensando no longo prazo e pode deixar o dinheiro parado por alguns anos, procurar ações pode ser interessante, segundo os especialistas. Mas sempre tendo consciência de que a Bolsa de Valores tem por natureza oscilar muito, o que pode gerar alguns prejuízos.

"A poupança é interessante enquanto pagar 0,5% ao mês. Mas vale conferir alternativas mais rentáveis e flexíveis, como um fundo DI com taxa de administração abaixo de 1,5%", aconselha o consultor Mauro Halfeld.

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