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Tenho R$ 450 mil e pensei em aplicar na poupança. Qual é a melhor opção?

D.Z., de Matinhos

RESPOSTA DO PROFESSOR DE FINANÇAS DA FEA/USP RAFAEL PASCHOARELLI - Colocar R$ 450 mil na caderneta de poupança é uma péssima escolha. Isso porque que existem aplicações financeiras mais rentáveis e com igual ou menor risco.

Uma delas é o CDB (Certificado de Depósito Bancário), uma espécie de título de bancos, em que o investidor recebe rendimentos em troca do dinheiro aplicado.

A melhor opção, nesse caso, seria um pós-fixado com percentual do CDI (taxa de juros entre bancos, que espelha a Selic).

Dispondo de uma quantia grande como essa e assumindo que o investidor tenha perfil conservador, não é difícil encontrar um CDB oferecido por um banco de primeira linha que tenha liquidez diária -isto é, permite que o valor seja sacado a qualquer momento, sem que o banco imponha redução de rentabilidade-, com prazo de vencimento entre 3 e 5 anos e que ofereça rendimento maior que 98% do CDI.

Um equívoco que as pessoas costumam cometer é acreditar que os recursos aplicados na caderneta de poupança são garantidos pelo governo federal. Não são.

Os investimentos feitos em caderneta de poupança estão garantidos até o limite de

R$ 70 mil pelo Fundo Garantidor de Créditos (saiba mais em www.fgc.org.br).

Mas essa mesma garantia também é aplicável para investimentos em CDB.

Sendo assim, o CDB com as características acima possui a segurança da poupança com um rendimento superior, pois, no cenário atual, 98% do CDI é significativamente mais rentável que a poupança, mesmo depois de descontar os impostos sobre o rendimento.

A missão do investidor é negociar com o banco o percentual do CDI que vai remunerar seu investimento.

Existem alguns bancos grandes que são poucos flexíveis nessa tarefa. Contudo, existem ótimas instituições que oferecem rendimentos iguais ou superiores a 98% do CDI para R$ 450 mil.

MÉDIO PRAZO

Qual a melhor forma de poupar bastante dinheiro (cerca de R$ 60 mil) em pouco tempo (três anos)?

J.S., de São Paulo

RESPOSTA - Citarei duas alternativas. A primeira delas é guardar cerca de R$ 1.500 por mês em uma aplicação de renda fixa conservadora, como Tesouro Direto ou um CDB (um título de bancos).

Assim, em 36 meses, você obterá a quantia almejada. Essa alternativa depende mais da sua capacidade de poupar que do cenário econômico ou de sorte.

Uma outra alternativa é comprar ações com alto potencial de valorização.

Nesse caso, o sucesso da estratégia vai depender menos de sua capacidade de poupar e mais da sua habilidade de escolher ativos e de uma evolução benigna do cenário econômico.

Lembre-se de que a aplicação na Bolsa de Valores é mais arriscada.

Além disso, é preciso ficar calmo em meio às incertezas apresentadas pela economia externa neste momento, com problemas nos EUA e na Europa.

PREVIDÊNCIA

Tenho um investimento em previdência com 40% ligados ao Ibovespa. Em razão das circunstâncias, é recomendável colocar em renda fixa?

L.A.C., de São Paulo

RESPOSTA - Isso depende do momento em que você está. Se for jovem, é defensável manter a aplicação em algum índice de Bolsa.

Isso porque, no longo prazo, a tendência do mercado de ações é sempre de alta. Dessa forma, não deveria mudar a estratégia de investimento.

Quanto mais próximo do momento da sua aposentadoria, menos recomendável é a aplicação em Bolsa, fazendo sentido migrar uma parte para a renda fixa.

EU INVISTO EM

Gustavo Borges,

ex-nadador

"Gosto de diversificar fazendo uma proteção de patrimônio em parte dos investimentos e assumindo riscos onde acho que vale a pena. Tenho investimento em imóveis e também invisto em fundos multimercados"

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