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Protestos afetam vendas de julho e agosto, diz varejo

Combinação de manifestações, inflação e juros altos inibe melhora no comércio, afirma representante de varejistas

Expansão no semestre foi de 1,3%, ante 6,1% em 2012; avanço anual deve ficar abaixo de 2%, prevê grupo da USP

CLAUDIA ROLLI DE SÃO PAULO

Com o impacto da inflação na renda do consumidor, a queda de confiança e os reflexos dos protestos das últimas semanas, o varejo já considera "comprometido" o resultado das vendas esperadas para este mês e agosto.

A previsão é do presidente do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), Flávio Rocha, que representa 42 empresas do setor. Entre elas varejistas de alimentos, eletrodomésticos, material de construção, móveis e vestuário.

"Nosso índice antecedente de vendas, que previa forte recuperação em julho e agosto, já fica ameaçado ante esse novo cenário", afirma o executivo, que comanda também a Riachuelo.

Apesar de considerar pontuais as consequências das manifestações, Rocha diz que as lojas "sentiram o impacto". "Não ficaram o tempo todo abertas. E, quando funcionaram, sentiram a queda na confiança do consumidor."

Para o professor Cláudio Felisoni, coordenador do Provar Provar (Programa de Administração de Varejo) e do Ibevar (instituto de executivos do setor), os juros mais altos e o comprometimento da renda das famílias para pagar dívidas acima de 90 dias devem "segurar" os resultados do varejo neste ano.

"Acho difícil uma recuperação neste ano. O comércio de bens duráveis deve sentir ainda mais, porque o corte do IPI foi estendido, mas com redução do desconto", afirma.

De abril a junho de 2012 sobre ano anterior, as vendas tiveram expansão de 6,1% acima da inflação. Neste ano, no mesmo período, o resultado foi mais tímido: 1,3%.

Para o Provar, o setor deve crescer, no máximo, 2% neste ano, ante 8% em 2012.

Rocha, do IDV, é mais otimista: "O setor cresce acima do PIB desde 2003. Nossa avaliação é que neste ano o percentual fique ao redor de 4%".

Hoje, integrantes do IDV vão ao Congresso pedir que a medida provisória para a desoneração da folha de pagamento do setor seja aprovada em caráter de urgência.


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