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Commodities

Maior multinacional argentina aumenta presença no Brasil

Grupo Techint compra, por meio de subsidiária, 26% das ações da siderúrgica Usiminas

Grupo argentino emprega 70 mil pessoas no mundo; no ano passado, faturamento foi de US$ 22 bilhões

LUCAS FERRAZ
DE BUENOS AIRES

Maior multinacional argentina, o Grupo Techint amplia sua relação com o Brasil ao adquirir, por meio de uma subsidiária, 26% das ações da Usiminas, empresa com quem mantém negócios desde a década de 1990.

Em 1998, um consórcio integrado pelas duas companhias tornou-se sócio da Sidor, siderúrgica venezuelana que terminou estatizada pelo presidente Hugo Chávez há três anos.

No ano seguinte, a Tenaris, outra empresa do Grupo Techint, comprou a Confab, instalada em Pindamonhangaba (SP) e responsável por produzir e fornecer tubos de aço para a indústria energética do Brasil e região.

Grupo que emprega 70 mil pessoas ao redor do mundo, a Techint tem algumas subsidiárias com sede na Europa, como é o caso da Ternium (segunda maior siderúrgica da América Latina, que comprou parte da Usiminas) e da Tenaris, ambas com sede em Luxemburgo. No ano passado, o faturamento de todo o grupo foi de US$ 22 bilhões.

"Considero essa operação um marco fundamental na história da Ternium, da Siderar e da Usiminas, assim como também um importante avanço na integração industrial do Mercosul", disse por meio de nota o presidente-executivo do Grupo Techint, Paolo Rocca.

"A aliança (...) configura um sistema industrial capaz de atender as exigências mais complexas de toda a cadeia de valor de setores produtivos estratégicos da América Latina: automotivo, construção, agroindústria, linha-branca, energia, entre outros", afirmou.

Empresário ítalo-argentino, Rocca atua hoje para mudar a imagem antikirchnerista atrelada ao grupo, fundado por seu avô em 1945.

Na semana passada, após vários anos de enfrentamento, Rocca se reuniu com a presidente Cristina Kirchner. Não só ele mas muitos empresários argentinos, antes contrários ao governo, trataram de se aproximar da Casa Rosada, movimento iniciado após outubro, quando ela foi reeleita com votação recorde.

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