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Vaivém - Mauro Zafalon

mauro.zafalon@uol.com.br

Produtor de milho quer representação forte

Os produtores de milho, a segunda maior cultura de grãos do país, querem elevar a representação do setor e participar mais nas decisões de políticas que devem ser tomadas para o cereal.

Assim como a soja, a maior produção de grãos em volume do país, tem uma boa representatividade por meio da Aprosoja, os produtores de milho também querem uma associação de peso.

Outros setores como laranja, cana, café e algodão também têm suas associações.

Essa é a avaliação de Alysson Paolinelli, presidente da Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho) e ministro da Agricultura na década de 70.

Criada em 2007, a associação surgiu para que os produtores pudessem discutir os desafios internos e externos dessa cultura.

"Estamos muito preocupados", diz Paolinelli. O milho tem duas vertentes de produção totalmente diversas. Parte dos produtores é altamente "tecnificada" e obtém produção elevada, enquanto outros ainda produzem de forma extrativa e apenas para a subsistência.

Além disso, parte dos produtores ainda vê o milho apenas como uma cultura complementar da soja. "Uma complementação de renda." Isso dificulta uma política para o produto, diz ele.

O governo tem de encarar, no entanto, que o país pode se tornar um dos principais produtores, diz o ex-ministro.

Além da demanda crescente por causa do aumento da produção de carnes, há espaço para evolução na utilização do cereal na base alimentar humana e na produção de combustível.

Outro cenário importante para o país são as exportações. "O mundo vai precisar de milho", diz Paolinelli. Os Estados Unidos, maiores produtores mundiais, estão desviando boa parte da produção para as usinas de etanol. Já a China, devido à forte demanda interna, passou a ser importadora do cereal.

O Brasil poderia facilmente elevar a produção atual dos 60 milhões de toneladas para 100 milhões, diz Paolinelli.

Bastaria desenvolver uma cadeia que pudesse agregar valor ao produto, remunerar melhor os produtores durante a comercialização e abrir mais o mercado externo.

Câmbio ajuda A desvalorização do real inibiu a queda nos preços da soja na semana passada. Mesmo recuando no mercado externo, a oleaginosa teve alta de 0,5% internamente.

Sem euforia Essa avaliação é de analistas da consultoria Clarivi. Para eles, a desvalorização do real não é motivo de comemoração porque está associada a temores dos investidores em relação ao futuro da economia mundial.

No fim O plantio de soja da safra 2011/12 está chegando ao fim em Mato Grosso, principal produtor nacional, segundo o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária).

Vendas A comercialização da soja colhida neste ano também já foi praticamente toda realizada. Já as vendas antecipadas da soja da safra 2011/12, que está sendo plantada, soma 53% em Mato Grosso, acima dos 45% do ano passado.

Bem abaixo A safra de cana caminha para o final e a moagem atual acumula 479 milhões de toneladas, 8,8% menor do que a de igual período do ano passado.

Etanol Enquanto a produção de álcool anidro supera em 13% a de igual período da safra anterior, a do hidratado cai 28%, segundo dados da Unica (associação das usinas).

DE OLHO NO PREÇO

COTAÇÕES

Mercado interno

Frango

(R$ por quilo) 2,10

Suíno

(R$ por arroba) 56,20

Londres

Petróleo

(US$ por barril) 109,00

Cobre

(US$ por tonelada) 7.381

Com KARLA DOMINGUES

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