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Supermercados impedem queda no varejo

Com inflação menor de alimentos, setor tem primeira alta nas vendas desde fevereiro

PEDRO SOARES DO RIO

A alta menor dos preços dos alimentos deu impulso às vendas dos supermercados em maio, pela primeira vez desde fevereiro, e livrou o comércio como um todo de fechar o mês em queda.

Graças ao avanço de 1,9% do setor de supermercados, hipermercados e demais lojas de alimentos e bebidas de abril para maio, o varejo surpreendeu positivamente, embora as vendas tenham ficado estáveis.

A expectativa do mercado apontava um recuo de 0,4%.

Para a consultoria LCA, a "queda generalizada das vendas" de outros ramos foi "contrabalançada pelo forte avanço dos supermercados", beneficiados pela alta mais branda dos preços da alimentação no domicílio --que subiram 0,05% em maio, após avançarem 1,1% em abril.

Aurélio Bicalho, economista do Itaú, ressalta que apenas os setores de móveis e eletrodomésticos, combustíveis e supermercados tiveram resultados positivos, mas o "peso elevado dessas categorias impediu o recuo do varejo".

Reinaldo Pereira, economista do IBGE, diz que, além de reajustes mais moderados de alimentos, houve ainda "uma canalização para o consumo dos itens mais básicos", como alimentação, diante da inflação geral mais elevada, que corrói a renda.

Tal tendência, afirma, é um dos motivos do aumento das vendas de supermercados. Com menos dinheiro disponível, diz, o consumidor deixou de comprar itens de vestuário, informática e farmácia --todos tiveram retração de abril para maio.

Para o Bradesco, "as vendas do varejo devem acelerar no segundo semestre", com a perda de fôlego prevista para a inflação --embora analistas apontem a alta do dólar como um risco.

Segundo o banco, "a desaceleração da inflação de alimentos, que vinha comprometendo o segmento [de supermercados], favoreceu o varejo em maio", tendência que deve se manter.

Já Bicalho considera que as vendas "devem se expandir ao longo do ano", mas "em ritmo mais moderado do que em anos anteriores".

De janeiro a maio, o comércio cresceu 3,3%, e, nos 12 meses encerrados em maio, avançou 6,1% --abaixo dos 8,4% de 2012. Para 2013, a LCA prevê expansão de 5%.


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