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Diretor da OMC critica acordos restritos dos EUA

Lamy questiona coerência de tratados com UE e Pacífico dentro do comércio global

DO "FINANCIAL TIMES"

Prestes a deixar o cargo de diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), o francês Pascal Lamy questionou a coerência de duas iniciativas regionais de comércio lideradas pelos EUA.

Segundo Lamy, que em 1º de setembro será substituído pelo brasileiro Roberto Azevêdo, há incógnitas quanto ao sucesso e à contribuição de empreitadas como o acordo bilateral EUA-União Europeia e a Parceria Transpacífico (TPP), que envolve 11 países, para o esforço de liberalização do comércio mundial.

As negociações entre os EUA e a UE foram lançadas neste mês, enquanto a TPP ganhará, na semana que vem, a adesão do Japão.

Para alguns especialistas críticos ao modelo bilateral e regional, elas se interpõem à conclusão da Rodada Doha para a liberalizar o comércio global, conduzida pela OMC.

Já os defensores das iniciativas argumentam que os EUA e seus parceiros injetam ânimo nas negociações globais, paradas, e podem lançar as bases de um acordo mundial.

Em entrevista ao "Financial Times", porém, Lamy expressou críticas aos esforços.

Ele questiona se os governos envolvidos calculam como um acordo transatlântico se enquadraria ao TPP e a outras iniciativas regionais para integrar acordos bilaterais em uma estrutura regional, sobretudo no Pacífico.

Esse tipo de tratado pode servir como "base" para tratados multilaterais. Mas crescentes barreiras não tarifárias, como padrões de segurança alimentar e regras para emissões de poluentes, tornam a costura desse tipo de acordo mais difícil.

Segundo Lamy, isso pode solapar uma futura coerência global entre as regulações.

O diretor-geral também criticou a questão dos subsídios agrícolas em países ricos.

"Ouvimos muito sobre [as negociações de um tratado comercial entre] Estados Unidos e União Europeia. Mas ninguém diz que esses dois elefantes deveriam incluir em seu cardápio a redução dos subsídios que praticam e causam distorção no comércio", afirmou. "Os dois lados ainda têm muitos deles."


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