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Sob impacto de protestos, prévia do IPCA recua
IPCA-15 tem avanço de apenas 0,07% em julho
A onda de protestos no país ajudou a reduzir a inflação de julho. A retirada do reajuste das passagens de ônibus em capitais como Rio e São Paulo levou à queda no item transportes.
A safra maior também teve sua influência e colaborou para derrubar os preços dos alimentos.
Diante da deflação dos grupos alimentação e transportes, a prévia da inflação oficial do país, o IPCA-15, cedeu com força em julho e registrou alta de apenas 0,07%, a menor marca desde agosto de 2010. Em junho, o índice havia sido de 0,38%.
Para o IBGE, o recuo da inflação se deu de modo generalizado. "Foi observada desaceleração nos resultados da maioria dos grupos de produtos e serviços pesquisados, com apenas três deles apresentando crescimento de junho para julho."
Tal cenário permitiu que o índice acumulado em 12 meses ficasse em 6,40% e voltasse a se situar abaixo do teto da meta do governo --de 6,5%. De janeiro a maio, a taxa somou 3,52%.
O economista Elson Teles, do Itaú, diz que o recuo dos alimentos se concentrou nos "in natura" e é típico desse período do ano.
As quedas de destaque ficaram com tomate (produto de maior contribuição negativa para o índice), cenoura, óleo de soja e feijão-carioca.
Já os transportes perderam fôlego, diz, diante da "revogação de reajustes nas tarifas de transporte urbano em várias capitais", além da deflação da gasolina e do álcool.
O grupo alimentação e bebidas caiu de 0,27% em junho para -0,18% em julho, e o de transportes, de 0,10% para -0,55%.