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Desemprego tem 1ª alta anual desde 2009

Taxa avança para 6% em junho, ante 5,9% um ano antes, em novo sinal de que o mercado de trabalho perde força

Com economia em ritmo fraco de crescimento, analistas demonstram preocupação sobre criação de vagas no ano

PEDRO SOARES DO RIO

Dados divulgados ontem pelo IBGE reforçam os sinais de que o mercado de trabalho está perdendo fôlego, de maneira gradativa, em 2013.

A taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do país subiu de 5,8% em maio para 6% no mês passado --e ficou acima da registrada em junho de 2012 (5,9%). O aumento ante o mesmo mês do ano anterior ocorreu pela primeira vez desde outubro de 2009, interrompendo uma sequência de quase quatro anos de redução contínua do desemprego.

A avaliação de analistas é que o fraco crescimento da economia já está interferindo no mercado de trabalho. Desde fevereiro, a ocupação cresce em ritmo inferior ao registrado no ano passado.

Segundo estimativa da LCA, em 2012, a população ocupada cresceu em média 2,1%. Neste ano, o crescimento caiu para 1,2%. Em junho, a ocupação cresceu 0,6%.

A moderação na geração de vagas no primeiro semestre já havia sido detectada pelo Ministério do Trabalho. O número de novos postos (826 mil), já desconsideradas as demissões, caiu 20% ante igual período de 2012, informou anteontem o governo.

Apesar da alta progressiva, a taxa de desemprego registrada em junho ainda é baixa para os padrões históricos do país. É a segunda menor para o desemprego no mês de junho desde 2002 --perde só para o ano passado.

Mesmo classificando o resultado como "frustrante", o coordenador da pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo, disse que a pequena alta "não significa um aumento do desemprego, mas estabilidade".

Ele explica que havia a expectativa de que houvesse abertura de vagas em junho, após a dispensa de temporários no começo do ano, o que não ocorreu. Com isso, o total de desempregados não cedeu e se manteve em 1,5 milhão de pessoas.

Diante de um quadro de crescimento mais moderado da economia, analistas demonstram preocupação sobre o ritmo do mercado de trabalho ao longo do ano.

"Levando em consideração a dificuldade na recuperação dos níveis de atividade, não há perspectiva de queda na taxa de desemprego", afirmou Mariana Hauer, do banco ABC Brasil.

Em relatório, economistas do Bradesco falam em "ligeiro aumento do desemprego neste ano".

RENDA E INDÚSTRIA

Um dos fatores que explicam a fraqueza do emprego é o desempenho da indústria, especialmente em São Paulo, maior parque fabril do país.

Ao todo, 120 mil vagas foram cortadas na indústria de maio para junho --queda de 3,3%. Desse total, 63 mil dispensas foram na região metropolitana de São Paulo.

Tal resultado negativo da indústria paulista, diz Pereira, pode "ecoar" nas demais regiões nos meses seguintes.

Corroído pela inflação mais alta e o menor reajuste do salário mínimo neste ano, o rendimento cresceu apenas 0,8% ante junho de 2012.


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