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Investimento federal patina no 1º semestre

Crescimento é de só 1%, ante alta de 12,9% nas despesas do governo; receita sobe menos, e superavit recua 28%

Lentidão em licenças, calendário eleitoral e greve explicam avanço menor do investimento, diz secretário do Tesouro

MARIANA SCHREIBER DE BRASÍLIA

Os investimentos federais, apontados como prioridade do governo pela presidente Dilma Rousseff, tiveram desempenho bem inferior ao das demais despesas no primeiro semestre deste ano.

Segundo o Tesouro Nacional, os investimentos cresceram apenas 1% ante o mesmo período do ano passado e somaram R$ 33,2 bilhões. No mesmo período, o total das despesas aumentou 12,9%, para R$ 428,4 bilhões.

De acordo com o secretário do Tesouro, Arno Augustin, o desempenho se deve a dificuldades processuais, como lentidão na realização das licitações e dos licenciamentos ambientais.

Segundo ele, também há o efeito do calendário eleitoral. Como no ano passado houve eleições municipais, há limitação para os repasses federais na segunda metade do ano. Isso provocou antecipação de investimentos, criando uma base de comparação mais elevada na primeira metade de 2012.

O secretário disse que, em julho, os investimentos foram afetados ainda pela greve no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), mas voltarão a crescer ao longo do semestre.

Ele negou que o governo esteja segurando essas despesas para conseguir cumprir a meta de superavit primário --economia feita para pagar juros da dívida. "Não contingenciamos investimento."

Sobre a alta de 24% nas despesas de custeio, voltadas à manutenção da máquina pública, benefícios sociais e subsídios, o secretário disse que ela está concentrada em recursos para educação, saúde e programas sociais. "O efeito econômico é positivo."

ECONOMIA MENOR

A expansão dos gastos do governo no primeiro semestre não foi acompanhada na mesma intensidade pelo aumento das receitas, que cresceram 7,5%. Com isso, o valor economizado pelo governo caiu 28% no período, para R$ 34,4 bilhões.

O compromisso atual do governo federal é economizar R$ 73,1 bilhões em 2013.

Para o setor público como um todo, a meta é chegar a uma economia de 2,3% do PIB, mas boa parte do mercado tem dúvidas sobre a viabilidade desse número.

Mesmo após o anúncio do corte adicional de R$ 10 bilhões em despesas orçamentárias nesta semana, a consultoria LCA, por exemplo manteve sua previsão para o superavit no ano em 1,8% do PIB.


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