Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Bolsa oferece pechinchas ao investidor

Afetadas por mau humor do mercado, ações de empresas com boas perspectivas de negócios são oportunidade

Para analistas, papéis de exportadoras têm bom potencial; recuperação, porém, ainda pode demorar

TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO

Com a queda acumulada de 18,9% da Bolsa neste ano, há ações desvalorizadas que podem se tornar boas opções de investimento de longo prazo, na avaliação de analistas.

As melhores pedidas são papéis de empresas com boas perspectivas de negócios, mas que estão cotados nos preços mínimos históricos.

Algumas companhias estão com valor na Bolsa abaixo do patrimonial, que é quanto vale a soma dos seus ativos --fábricas, equipamentos, dinheiro em caixa e contas a receber, entre outros.

A má notícia é que a recuperação pode demorar para chegar, dependendo mais da conjuntura internacional --leiam-se crise europeia e retirada de estímulos nos EUA-- do que da reação da economia brasileira. Por esse motivo, só é indicada para quem tem tempo para esperar.

Para Raphael Juan, gestor da BBT Asset, uma forma de selecionar barganhas "que sempre funciona" é verificar quais ações perderam valor na Bolsa sem um motivo específico para esse movimento, como avanço de um concorrente, aumento de custos ou mudança na tributação.

"Quem conhece vê que não mudou nada e os resultados vieram em linha ou melhores do que o esperado. Então é hora de apostar", diz Juan.

Nesses casos, se o papel cair pelo menos 5%, já pode abrir uma oportunidade de compra. Quanto maior a queda, melhor a oportunidade.

Juan aponta opções de compra nos setores alimentício, concessionárias de rodovias, administração de shoppings e de restaurantes.

PROTEÇÃO

O mesmo raciocínio vale para o investidor que deseja fugir de ações que subiram muito e, portanto, tornaram-se papéis com risco mais alto de "devolver" parte dos ganhos --ou seja, cair.

É o caso de ações de empresas de saneamento e de telecomunicações, que costumam pagar dividendos elevados em épocas de crise.

Na avaliação de Marcelo Torto, analista da corretora Ativa, os papéis dos bancos privados foram punidos nos últimos meses com a perspectiva de aumento da concorrência com as instituições públicas. Essas ações, porém, tiveram recuperação nas últimas semanas e podem já estar com preço considerado elevado.

No caso do Banco do Brasil, entretanto, o analista adverte para o risco ainda alto de interferência política, além do aumento do calote devido à expansão rápida das operações de crédito. O banco teve crescimento de 23% na carteira de crédito no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2012.

OPÇÕES

Entre as oportunidades, Torto destaca que os preços das ações da Vale, da Petrobras, da Fibria e da Suzano estão nas mínimas históricas.

"É difícil explicar o preço da Vale mesmo com a crise global e a possibilidade de desaceleração na China", diz.

No caso da Petrobras, afirma, os papéis têm chance de reagir apenas depois das eleições de 2014, quando a estatal poderá retomar os reajustes dos combustíveis.

O analista afirma ainda que as siderúrgicas podem se recuperar no médio ou no longo prazo, especialmente a Gerdau, que se beneficia da recuperação dos EUA e dos projetos de infraestrutura no país. "Usiminas e CSN estão com preço bom, mas com perspectivas mais difíceis."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página