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Brasileiro no FMI se recusa a aprovar dinheiro para Grécia

Paulo Nogueira Batista Jr. diz que país pode não conseguir pagar resgate e se abstém em votação sobre contribuição

Diretor do Fundo afirma que 'políticas draconianas' impostas aos gregos não estão produzindo resultados

DO FINANCIAL TIMES'

O representante do Brasil no conselho-executivo do FMI (Fundo Monetário Internacional) se absteve na votação da nova contribuição de € 1,8 bilhão para a Grécia, na segunda-feira, e fez uma crítica severa à decisão, argumentando que Atenas pode se provar incapaz de pagar seus empréstimos de resgate.

Paulo Nogueira Batista Jr., que representa 11 países no FMI, disse que as dificuldades políticas e econômicas da Grécia "confirmam nossos piores temores" e que os economistas do Fundo estavam fazendo avaliações "exageradamente otimistas" sobre o crescimento do país e a sustentabilidade de sua dívida.

"Uma depressão econômica interminável e níveis severos de desemprego resultaram em discórdia política", escreveu Batista.

"A percepção generalizada de que as dificuldades causadas por políticas draconianas de ajuste não estão produzindo resultado solapa o apoio público ao programa de ajuste."

Os países em desenvolvimento membros do FMI há muito se sentem desconfortáveis com a desproporção nos recursos que o Fundo dedica à crise na zona do euro.

Mas a abstenção e a declaração dura de Batista --que incluía sua avaliação de que a equipe do FMI no país "está a um passo de contemplar a possibilidade de uma moratória ou de atrasos de pagamento pela Grécia de suas dívidas para com o FMI"-- é uma das posições mais severas já assumidas sobre o assunto desde o começo da crise grega, três anos atrás.

A declaração surge no momento em que o FMI solicita aos países da zona do euro € 11 bilhões adicionais para o resgate à Grécia e que considerem perdoar parcelas consideráveis de seus empréstimos a Atenas, a fim de reduzir a dívida do país --equivalente a 4% do PIB (Produto Interno Bruto).


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