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Natal faz e-commerce investir em entrega

Nova Pontocom, do Grupo Pão de Açúcar, reforça logística para atender demanda

AGNALDO BRITO
DE SÃO PAULO

Dona de mais de 20% do comércio eletrônico do país, a Nova Pontocom, responsável pelos portais das Casas Bahia, Extra e Pontofrio, anunciou medidas para o reforço da estrutura de entrega para o Natal.

A empresa tenta evitar problemas como os de 2010, quando foi obrigada a informar ao consumidor que compras feitas a partir de 17 de dezembro só seriam entregues após o Natal.

"Assumimos o risco de perder a venda, mas não havia o que fazer. Neste ano, queremos vender, para São Paulo, até o dia 23 de dezembro e entregar antes do Natal", diz Germán Quiroga, presidente da Nova Pontocom.

A empresa montou mais quatro centros de distribuição e ampliou de 17 para 20 o número de transportadoras (cinco para atender as praças de São Paulo e Rio).

Em 2010, outras empresas do setor também enfrentaram problemas, como a B2W (fusão da Americanas.com com Submarino.com). Procurada, a empresa não informou que medidas tomou para evitar problemas neste ano.

Dados do Procon-SP indicam que reclamações por "não entrega" e "demora na entrega" crescem como o setor: 8.093 em 2010 e 11.302 no primeiro semestre de 2011.

Segundo Claudio Felisoni, especialista em varejo da FIA (Fundação Instituto de Administração), há um descompasso entre o aumento de vendas e a estrutura para atender a demanda.

"Esse mercado cresce exponencialmente, mas não tem havido investimentos em logística. Esse é o nó", diz.

Segundo a e-bit, empresa de informação do comércio eletrônico, o faturamento do setor deve alcançar R$ 17 bilhões neste ano. Em 2010, foi de R$ 14,8 bilhões.

Somente a Nova Pontocom estima que poderá fechar o ano com um crescimento entre 55% e 80% no faturamento bruto, o que significa receita entre R$ 4,2 bilhões e

R$ 4,8 bilhões. No ano passado, ficou em R$ 2,7 bilhões. É um investimento no futuro.

"Os custos com o comércio eletrônico são menores do que os custos do varejo tradicional. A tendência é que esse negócio tenha melhor rentabilidade do que o varejo tradicional", diz Quiroga.

Nos números da Nova Pontocom, a margem Ebitda (indicador que mede a geração de caixa sobre receita líquida) é de 6%, equivalente ao varejo tradicional do grupo. A previsão da empresa é que esse número melhore nos próximos anos.

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