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Análise

Momento é ruim para Petrobras, mas futuro acena com melhorias

Balanço do segundo trimestre deve refletir aumento de importação e custo, mas produção tende a se recuperar

O balanço que a Petrobras divulga na noite de hoje pode até mostrar aumento nos volumes vendidos e na receita, mas as coisas não estão boas para a estatal no momento, por quatro motivos.

Primeiro, a Petrobras importa petróleo e derivados em quantidades crescentes.

Com o aumento da demanda por combustíveis dado pelo crescimento da frota brasileira, em um momento em que a produção nacional de petróleo está estagnada, as importações crescem forte.

O Brasil sempre foi importador de diesel, mas nos últimos tempos passou a importar volumes elevados de gasolina, da qual o Brasil era tradicional exportador.

Em segundo lugar, há a questão dos preços dos combustíveis. Em nossos cálculos, o diesel e a gasolina importados pela Petrobras são vendidos no Brasil com perda de 17% para a empresa.

A terceira questão é a desvalorização do real. Na indústria do petróleo, todos os materiais e serviços são cotados em dólar. Com isso, todos os equipamentos, peças e serviços subiram de preço em reais desde que a cotação do dólar subiu de R$ 2,01 para R$ 2,30.

Os investimentos em novas plataformas e refinarias seguem a mesma lógica.

Por fim, temos a estagnação da produção de petróleo.

Com todos esses problemas, não é surpresa ver lucros menores.

Porém as coisas podem melhorar. A Petrobras está instalando neste ano sete novos equipamentos de produção, que totalizam uma capacidade de processamento 820 mil barris/dia de petróleo e 25 milhões m³ de gás.

O início da operação deles pode reverter o declínio da produção, elevando o volume da faixa dos 2 milhões de barris por dia (bpd) em 2013 para 2,5 milhões em 2016.

Se esse plano de aumento da produção for executado, juntamente com vários programas para redução de custos e incremento da produtividade em curso, poderemos ver resultados muito melhores nos próximos anos.


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