Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Efeito Chevron acende alerta em resseguro Acidente faz com que resseguradoras reduzam ofertas para cobertura, o que pode elevar preços dos seguros Além do vazamento no Rio, seguros estão mais caros devido a acidente da British Petroleum no golfo do México DO RIOQuando a Petrobras iniciar a negociação da bilionária renovação do seguro de suas operações, em fevereiro, já vai encontrar preços até 15% maiores por conta do acidente da BP, no golfo do México. Mas a empresa não previa que também poderia enfrentar oferta menor de capacidade das resseguradoras. Depois do acidente da Chevron e ainda no rastro do acidente da BP, essas empresas acenderam o alerta para o aumento de risco do setor de petróleo e gás natural. A Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP), maior empresa privada de exploração e produção no Brasil, já está sentindo reflexos do vazamento da bacia de Campos, segundo o diretor da resseguradora JLT Re, Adriano Oka. Em plena renovação de seguro, a empresa amargou oferta 30% menor das resseguradoras para a cobertura do risco no controle de poço e de 50% para a apólice de responsabilidade civil, informou Oka. "Reduzindo a capacidade, você corre o risco de não conseguir integralizar 100% do risco no mercado", disse Oka. Com parte do risco sem cobertura, a solução será procurar outras resseguradoras que não participaram da primeira chamada de licitação e que poderão cobrar mais alto pelo resseguro. A Petrobras renovou em março de 2010 três apólices de seguros envolvendo prêmios [o valor pago pela empresa] totais de US$ 49,6 bilhões. A maior dela tem valor segurado de US$ 94,9 bilhões e se refere a riscos operacionais, riscos de petróleo e responsabilidade civil geral das empresas do sistema Petrobras. LUZ AMARELA Um possível aumento de custo na área de seguros seria mais uma gota no oceano de mágoas entre o mercado de ações e a estatal. Em queda de quase 20% no ano na Bolsa de Valores e sem perspectiva de recuperação no curto prazo, a Petrobras não vai cumprir novamente neste ano a meta de produção de 2,1 milhões de barris de petróleo por dia no Brasil. Além disso, poderá ter custos adicionais se o governo ficar mais rígido na fiscalização. "Se o governo resolver aumentar a regulamentação, fazer novas exigências, e as empresas tiverem de adquirir equipamentos novos, contratar pessoal, pode haver um custo extra e, dependendo do tamanho desse custo, vir a afetar a margem futuramente", disse o analista Erick Scott, da SLW Corretora. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |